Chuvas no RS já deixaram 126 mortos e afetaram 1,9 milhão de pessoas

Atualizado em 10 de maio de 2024 às 21:06
Arte sobre chuva na região metropolitana de Porto Alegre
Chuvas persistem na região metropolitana de Porto Alegre – Reprodução/Inmet

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou nesta sexta-feira (10) uma atualização sobre a situação do estado em decorrência das enchentes que assolam a região. O boletim mais recente, divulgado às 18h, revelou um aumento no número de mortes, que agora chega a 126 vítimas, em comparação com as 116 registradas às 12h do mesmo dia.

Além disso, segundo a Veja, há 756 feridos e 141 pessoas desaparecidas. Desde o início das chuvas, mais de 1,9 milhão de pessoas foram afetadas de alguma forma.

O aumento significativo no número de municípios atingidos elevou para 441 o total de localidades afetadas, o que corresponde a 88% do número total de cidades no Rio Grande do Sul, que é de 497. O deslocamento forçado continua a ser uma realidade preocupante, com 411.337 pessoas fora de suas residências, das quais 339.928 estão desalojadas, buscando abrigo com parentes ou amigos, e 71.409 encontram-se em abrigos emergenciais.

As chuvas persistem na região metropolitana de Porto Alegre, e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta para chuvas intensas previstas para o sábado (11), abrangendo diversas regiões do estado, incluindo a Metropolitana de Porto Alegre, Noroeste Rio-grandense, Sul Catarinense e outras.

As estimativas indicam um volume de chuva que pode chegar a 100 milímetros em um período de 24 horas, acompanhado por ventos de até 100 quilômetros por hora. O alerta do Inmet adverte para o risco de cortes de energia elétrica, quedas de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

A situação das chuvas em Porto Alegre é alarmante, com registros que ultrapassam três vezes a média histórica de maio, atingindo 111 mm. Em algumas cidades, como Bento Gonçalves e Caxias do Sul, os índices pluviométricos ultrapassaram os 600 mm.

As áreas próximas à região metropolitana de Porto Alegre, incluindo o Lago Guaíba e as bacias dos rios Gravataí, dos Sinos e do Caí, estão sob ameaça iminente de chuvas volumosas. O Inmet também alerta para a possibilidade de aumento do risco de inundação nos municípios da região de Pelotas e Rio Grande, devido à posição dos ventos na Lagoa dos Patos, que pode dificultar o escoamento da água.

Embora o nível do Lago Guaíba tenha baixado em relação à média histórica da enchente de 1941, as medições das autoridades de segurança indicam oscilações preocupantes. A última medição, realizada às 18h, registrou 4,70 metros.

A partir de segunda-feira (13), está prevista a chegada de uma frente fria mais intensa à Região Sul, acompanhada de uma massa de ar frio e seco, que resultará em uma acentuada queda nas temperaturas. Isso reduzirá consideravelmente a possibilidade de chuva durante a próxima semana.

Na segunda-feira, as temperaturas em algumas localidades do Rio Grande do Sul podem não ultrapassar os 13°C, especialmente nas áreas da campanha e da serra. Em Porto Alegre e na região metropolitana, as máximas devem variar entre 16°C e 18°C.

Na terça-feira (14), as temperaturas tendem a diminuir ainda mais, podendo chegar a 3°C e 4°C na região da campanha e serra gaúcha, com possibilidade de geada nas áreas fronteiriças com o Uruguai. Em Porto Alegre, a mínima deve ficar em torno dos 8°C. Na quarta-feira (15) pela manhã, as temperaturas podem atingir entre 0°C e 1°C, com risco de geada moderada a forte em alguns pontos do estado.

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