A cidade mais violenta do Brasil é comandada por um prefeito rodeado por bolsonaristas.
Trata-se da cidade de Mossoró (RN), considerada a 11ª mais violenta do mundo pela ONG Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal do México. Os cálculos são baseados no número de homicídios relacionado à quantidade populacional.
Eleito em 2020, Allyson Bezerra (SD) declarou neutralidade para a presidência durante as eleições, mas já elogiou o ex-presidente Jair Bolsonaro e apoiou Rogério Marinho (PL-RJ), ministro do desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro que se elegeu senador com 47.089 votos.
No Rio Grande do Norte, o Solidariedade compôs a base bolsonarista nas últimas eleições.
Com taxa de homicídios de 63,21 e população de 264.181 habitantes, Mossoró registrou, em 2022, 167 mortes violentas. Em segundo lugar no ranking de mortes violentas e taxa de 56.6 está Salvador (BA), cidade comandada por Bruno Reis (UNIÃO), também eleito em 2020 após derrotar a petista Major Denice.
Em entrevista à rádio 95FM de Mossoró realizada em 2022, Allyson Bezerra chegou a tecer elogios ao governo Bolsonaro após comentar obras adquiridas com recursos do ex-governo.
Na ocasião, Bezerra também destacou os encontros que teve em Brasília-DF com Rogério Marinho, ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro, e Fábio Faria, ex-ministro das Comunicações do governo Bolsonaro.
Essa não é primeira vez que uma cidade brasileira comandada por um aliado do bolsonarismo fica no topo da lista. Em 2021, a cidade mais violenta foi Feira de Santana (BA).
Colbert Martins (MDB) foi reeleito prefeito da cidade em 2020 após derrotar o candidato Zé Neto (PT). Declaradamente antipetista, Colbert já declarou voto em Jair Bolsonaro, além de ter tecido elogios ao ex-presidente, mas acabou optando pela neutralidade nas últimas eleições.