Cinco garimpeiros morrem durante ação do Ibama em terra indígena

Atualizado em 29 de setembro de 2024 às 13:40
Escavadeira usada pelos garimpeiros na Terra Indígena Sararé, no Mato Grosso, é destruída em operação de combate ao garimpo ilegal – Foto: Reprodução

Na madrugada de sábado (28), um confronto entre garimpeiros e servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Terra Indígena Sararé, no Mato Grosso, resultou na morte de cinco garimpeiros. A ação fazia parte de uma operação de combate ao garimpo ilegal, iniciada na última segunda-feira (23).

De acordo com informações das autoridades, as equipes de fiscalização foram atacadas a tiros durante a operação. “Após intenso confronto, cinco garimpeiros foram baleados e vieram a óbito no local”, informou a PRF em comunicado. As forças de segurança estavam no local para combater a atividade ilegal que tem causado desmatamento e conflitos na região.

Durante a operação, foram apreendidas seis armas: um fuzil 556, uma submetralhadora, uma espingarda calibre 12, duas pistolas e um revólver. Além disso, os agentes confiscaram munições, miras refletivas e carregadores. A operação teve como objetivo desmantelar a estrutura armada que protege o garimpo ilegal na área indígena.

Armas e munições apreendidas pelo Ibama durante operação contra garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, no Mato Grosso – Foto: Reprodução

O Ibama divulgou um balanço da operação, informando que, até o momento, foram destruídas 30 escavadeiras, 22 caminhonetes, dois caminhões, uma pá-carregadeira, seis motocicletas, 25 acampamentos e 5.000 litros de combustível. Equipamentos usados nas atividades ilegais, como motores, também foram inutilizados durante a ação.

A Terra Indígena Sararé, que tem 67 mil hectares e é habitada por cerca de 250 indígenas nambikwara, foi homologada em 1985. Nos últimos anos, a região tem sofrido com a invasão de garimpeiros, que ameaçam a integridade das aldeias e do meio ambiente local. Um relatório do Greenpeace, divulgado em agosto, mostrou que 2024 registrou um recorde de alertas de garimpo, com 570 hectares de desmatamento ligados à mineração.

De acordo com a ONG, relatos das lideranças indígenas apontam a presença de facções criminosas regionais, associadas ao Comando Vermelho, operando nos garimpos abertos na área.

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