Clima de conspiração: possível monitoramento de aliados causa pânico no clã Bolsonaro

Atualizado em 31 de janeiro de 2024 às 10:42
Clã Bolsonaro. Foto: reprodução

A divulgação pela Polícia Federal (PF) e a identificação de nomes e números sob vigilância no esquema de espionagem estão gerando apreensão no círculo mais próximo da família Bolsonaro. O receio principal reside na possibilidade de vir à tona que não apenas opositores do governo Bolsonaro eram alvo, mas também aliados e amigos.

Segundo informações do Blog da Andréia Sadi, do G1, a PF está analisando uma lista contendo aproximadamente 1,5 mil casos de monitoramento ilegal, embora fontes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) mencionem um número mais elevado, chegando a 1,8 mil.

O diretor-geral da PF, Andrei Passos, afirmou no Estudio i da GloboNews, em 4 de janeiro, que o órgão estava lidando com cerca de 30 mil pessoas, mas há dúvidas se esse número refere-se a pessoas ou a monitoramentos. Ou seja, uma pessoa pode ter sido monitorada mais de uma vez.

Clã Bolsonaro em live. Foto: reprodução

Nos bastidores, aliados de Bolsonaro não descartam a possibilidade de estarem entre os nomes ilegalmente espionados, destacando o clima de conspiração promovido, principalmente, por Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) durante o mandato de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Um aliado de Bolsonaro recordou ainda que o ex-chefe do Executivo desconfiava de diversas pessoas, incluindo o vice Hamilton Mourão.

Vale destacar que as preocupações do clã Bolsonaro, alinhadas às expectativas da PF, incluem a análise de um computador apreendido no gabinete de Carlos Bolsonaro pelos agentes.

Além disso, segundo relatos de aliados e assessores do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho “01” do ex-capitão, tem demonstrado grande apreensão em relação às ações da PF.

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