A Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) recomendou à Polícia Federal uma investigação sobre possíveis atividades criminosas relacionadas ao senador Sergio Moro (União Brasil-PR). A sugestão surge após uma auditoria na 13ª Vara Federal de Curitiba, onde se aponta o desvio de recursos da Lava Jato para uma fundação privada. Com informações do G1.
O relatório da auditoria, aprovado recentemente, destaca a possível participação do parlamentar, da juíza federal Gabriela Hardt, do coordenador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol (Novo) e outros envolvidos da Petrobras. O documento, composto por 77 páginas, detalha a tentativa de desvio de recursos destinados ao Estado Brasileiro para uma fundação de interesses privados.
O relatório, assinado pelo delegado da PF Élzio Vicente da Silva, foi aprovado após ajustes e recomendações de encaminhamento à Procuradoria Geral da República e ao ministro Dias Toffoli, relator de ações correlatas no STF. A intenção é que a Polícia Federal conduza uma análise criminal dos fatos.
O CNJ destaca um esforço consciente da força-tarefa para excluir a União das discussões sobre o percentual da multa aplicada à Petrobras nos Estados Unidos, o que levanta suspeitas sobre a conduta dos procuradores. Em comunicado ao g1, o ex-magistrado defende sua atuação na recuperação de bilhões desviados da Petrobras, alegando desconhecimento de ilegalidades em suas ações.
Nota de Sergio Moro
Sergio Moro foi responsável somente por recuperar bilhões de reais em recursos desviados da Petrobras durante os Governos do PT e devolvê-los à vítima, a própria Petrobras. O senador desconhece como essa conduta possa ser considerada algo ilegal e inapropriada.
Ressalto ainda que não houve qualquer participação de Sergio Moro na suposta tentativa de criação da fundação, pois nesse tempo já havia deixado a magistratura.
O parlamentar confia que o relatório do CNJ, já chamado de fantasioso pelo ministro Luís Roberto Barroso, será arquivado.