Por que os pais do Colégio Santo Inácio estão preocupados com o feminismo das alunas. Por Luciana Boiteux

Atualizado em 22 de agosto de 2021 às 13:17
Colégio Santo Inácio. Foto: Wikimedia Commons

A professora de Direito Penal Luciana Boiteux escreveu sobre o Colégio Santo Inácio, onde ela estudou.

Está em uma thread (fio) no Twitter.

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Caso do Colégio Santo Inácio

“Hj foi noticiado que pais do Colégio Santo Inácio (onde eu estudei) estão preocupados com o feminismo das alunas, oi? Tudo começou quando um grupo delas se reuniu para denunciar um professor por assédio sexual e cobrou providências do CSI.

Diante da omissão do colégio ao acobertar o assédio, as meninas reagiram e levaram o caso ao MPF, que ingressou com uma ação civil pública, cobrando providências para evitar casos futuros. As meninas se organizaram e atuaram firme, inclusive elaboraram cartilha contra o assédio.

A atuação delas foi impecável na luta por seus direitos. A notícia, porém, é que um grupo de pais não está preocupado com o assédio a suas filhas, mas com uma suposta a doutrinação feminista e política das alunas. Mais machista impossível, pois ignoram

q o assédio sofrido foi o que motivou a organização coletiva delas e ainda acham q meninas não seriam capazes de pensar com suas próprias cabeças e se organizar como feministas e políticas. Como feminista e mulher na política e ex-aluna do CSI tenho o maior orgulho delas!

Como ex-aluna do CSI, feminista e filiada a um partido de oposição de esquerda, atualmente suplente de vereadora e deputada federal, posso garantir a esses pais que sempre pensei com minha própria cabeça como feminista. Mas minha formação jesuíta me garantiu espírito crítico”.

Colégio Santo Inácio. Foto: Wikimedia Commons