Colunistas do Globo elogiam Marçal e batem nos colegas: “suave”, ele “driblou jornalistas”

Atualizado em 28 de agosto de 2024 às 22:28
Os candidatos à prefeitura de São Paulo e os colunistas do Globo

Em uma recente sabatina na GloboNews, Pablo Marçal nadou de braçada diante de jornalistas despreparados e omissos. Chegou a acusar Natuza Nery de espalhar fake news sobre ele quando das enchentes no Rio Grande do Sul. Avisou que a estava processando, bem como a emissora. Natuza não respondeu nada e deixou o telespectador no vácuo.

Pior foi a “crítica” da palhaçada do ex-coach e candidato pelo PRTB à prefeitura de São Paulo numa matéria com colunistas do Globo. Eles atribuíram ao picareta a “nota média” de 3. Além da normalização do fascismo e de um projeto de narcoestado, deram um cacete em seus “colegas”.

O inacreditável Pablo Ortellado, ao descrever Marçal como um “Doria goiano TikToker”, não apenas trivializa o processo eleitoral ao reduzir a comparação a aspectos superficiais de imagem e comunicação, mas ignora as implicações mais profundas de tal associação. Indulgente, Ortellado ainda conseguiu definir o mitômano, visivelmente alterado, como “moderado”.

“Fugiu das acusações apontando para o PT. Promete revolucionar o Estado com as virtudes do privado”, completou, como se isso fosse uma virtude. Marçal, entre outras cascatas, veio com a velha história de que Lula e o PT roubaram “mais de um trilhão”. Ninguém rebateu.

Malu Gaspar foi mais fofa. Marçal, de acordo com ela, “falou num tom mais suave e não atacou ninguém (!?!), mas escorregou em vários temas e parece resignado com a ligação do PRTB com o PCC”. É um assunto de segurança e integridade nacional que deveria ser o foco de qualquer análise política que se preze.

O medíocre Pedro Doria foi inclemente com os entrevistadores. Marçal, cravou ele, foi hábil em “driblar jornalistas” e “seduzir o eleitor”. Ou seja, um bando de pernas de pau tomando bola no meio das pernas de um mestre da política.

Essa abordagem para com um candidato com uma ficha policial extensa, capaz de inventar que o concorrente cheira cocaína baseado num processo contra um homônimo, deveria ser de óbvia combatividade, não de admiração.

Recebido em jantar pela Faria Lima, Marçal é viabilizado pela Globo. Seria inacreditável, mas é sempre preciso lembrar que foi essa mesma tropinha que pariu o semianalfabeto Sergio Moro e pavimentou o caminho para um genocida virar presidente do Brasil.