Com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), o que se tem visto, desde 2019, são mudanças em medidas e políticas dentro da Policia Rodoviária Federal. O que não foi difícil de perceber nos dois caso mais recentes, que estão sendo investigados, tanto a operação violenta que resultou na morte de mais de 20 pessoas na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro como a morte de Genivaldo dos Santos, assssinado em uma câmara de gás improvisada por agentes do ógão.
Além disso, com a presença do presidente ou de aliados, a PRF retirou, por exemplo, radares móveis das rodovias e reduziu a punição por transporte ilegal de armas nas estradas. No entanto não duraram muito tempo, já que as duas medidas, sobre radares móveis e porte de armas nas rodovias, acabaram sendo derrubadas pela Justiça.
Ainda em 2019, a primeira medida imposta por Bolsonaro foi a do recolhimento de todos os radares móveis das rodovias. Os equipamentos foram reativados quatro meses depois, por força de uma decisão judicial, porém, desde a intervenção de Bolsonaro, a quantidade caiu de 41.610 horas de fiscalização com radares em 2019 para 19.885 horas em 2021.
Já no ano passado, em setembro, a corporação emitiu uma norma para aliviar a punição aos CACs (caçadores, atiradores esportivos e colecionadores), grupo majoritariamente apoiador de Bolsonaro. Segundo nota do próprio órgão, o transporte de arma “infração de natureza administrativa”, embora o Estatuto do Desarmamento trate a conduta como um crime inafiançável. A medida durou muito pouco, sendo arrada em outubro no mesmo ano.
Segundo agente do órgão, no atual governo, a PRF tem dado menos atenção ao trabalho ordinário de policiamento de trânsito.
Além disso, em relação aos caminhoneiros, Tarcísio Freitas, afirmou ao grupo que faria um “revogaço” de normas de fiscalização para “eliminar o que está enchendo o saco”. Segundo ele, a PRF iria “dar um tempo nas fiscalizações desnecessárias”, como a do caminhão arqueado.