A “força-tarefa” da Lava Jato se queixou ao bispo, ou seja, a Moro, da decisão da Segunda Turma do STF, que retirou de Curitiba as delações da Odebrecht que embasavam os processos contra Lula nos casos do sítio de Atibaia e do terreno do Instituto Lula.
No voto divergente, Dias Tofolli afirmou que, “ainda que o Ministério Público Federal possa ter suspeitas, fundadas em seu conhecimento direto da existência de outros processos ou investigações, de que os supostos pagamentos noticiados nos termos de colaboração teriam origem em fraudes ocorridas no âmbito da Petrobras, não há nenhuma demonstração desse liame nos presentes autos”.
“Dito de outro modo, ao menos em face dos elementos de prova amealhados neste feito, a gênese dos pagamentos noticiados nos autos não se mostra unívoca”, prosseguiu Toffoli.
“Evidentemente não impede que os mesmos colaboradores sejam ouvidos sobre fatos relevantes para instrução de outras investigações e ações penais, que tiveram e têm sua competência definida no âmbito dos canais próprios de decisão e revisão do Judiciário”, informa o documento assinado pelos 13 procuradores.
Os guerreiros do povo brasileiro estão inconformados. Plenipotenciários, desafiam o Supremo.
“Em conclusão, apesar do lamentável tumulto processual gerado pela remessa de depoimentos a uma jurisdição diversa da definida nas vias ordinárias, ignorando realidade conhecida. a decisão majoritária da 2a Turma do STF não tem qualquer repercussão sobre a competência desse douto Juízo para promover e processar a presente ação penal.”
A defesa de Lula já solicitou “a imediata remessa dos autos processuais para livre distribuição na Seção Judiciária do Estado de São Paulo com os consectários legais decorrentes da incompetência deste Juízo (CPP, art. 564, I), a menos que se queira desafiar a autoridade da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Quarto AgRg na PET 6.780/DF.”
A reação dos lavajateiros não tem nada a ver com a lei, e sim com o desespero de se perder o trofeu.