Em 2023, a renda média domiciliar per capita do brasileiro subiu para R$ 1.848 por mês, o maior patamar da série história do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que teve início em 2012. A alta foi de 11,5% em relação ao ano anterior, quando o valor era de R$ 1.658.
O recorde anterior da série foi registrado em 2019, antes da pandemia de Covid-19, quando a renda média domiciliar por pessoa era de R$ 1.744. Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
O aquecimento do mercado de trabalho, durante o primeiro ano do terceiro mandato do presidente Lula, foi um dos principais fatores para o recorde de renda. Apesar do aumento de ocupação e de salários, o levantamento ainda usa informações de recursos obtidos por meio de aposentadorias, pensões, programas sociais e aluguéis.
O Bolsa Família e aluguel também tiveram grande impacto no avanço do indicador. O programa social chegou a 19% dos domicílios do país em 2023, o que representa o maior percentual da série histórica.
O rendimento de todos os trabalhos representa 74,2% da composição da renda média domiciliar no país. Aposentadorias e pensões respondem por 17,5% da composição, enquanto programas sociais representam 5,2%.
No ano passado, a renda média per capita avançou nas cinco regiões do país, com o Sudeste liderando a lista (R$ 2.237) e o Nordeste com o menor valor (R$ 1.146). Por unidade da federação, o Distrito Federal aparece em primeiro, com um rendimento de R$ 3.215.
O DF é seguido por São Paulo (R$ 2.414), Rio de Janeiro (R$ 2.305), Rio Grande do Sul (R$ 2.255) e Santa Catarina (R$ 2.224). O Maranhão tem a menor renda per capita do país e registrou a única abaixo de R$ 1000. Acre (R$ 1.074), Pernambuco (R$ 1.099), Alagoas (R$ 1.102) e Bahia (R$ 1.129) aparecem na sequência.