Com o marido em baixa, Rosângela Moro bate boca com seguidores por causa de Bolsonaro: “Otários”

Atualizado em 10 de outubro de 2020 às 9:35
Rosângela bateu boca no Instagram

Rosângela Moro perdeu o equilíbrio na madrugada de hoje e bateu boca com seguidores no Instagram.

O texto tinha erros de digitação que não são comuns na sua página, o que levou apoiadores a cogitar que ela talvez tivesse sido hackeada.

Teve gente até que acusou Carlos Bolsonaro de ter assumido o controle do Instagram da mulher do ex-juiz Sergio Moro.

Mas era ela mesma.

Rosângela tem demonstrado uma agressividade desde que Moro surgiu no noticiário nacional.

Na época, se acusava Rosana de ter ligações com o PSDB. Ele respondeu que nunca tinha sido ligada a partido nenhum, “nem ao PQP”.

De certa forma, ela tinha ligação com o PSDB mesmo.

Eu audiência pública no Congresso Nacional, como procuradora da Apae, disse que falava em nome de Flávio Arns, na época vice-governador do Paraná pelo PSDB.

Também defendeu publicamente o advogado Carlos Zucolotto Júnior, acusado por Tacla Durán de vender facilidades em acordo de delação premiada.

A confusão nesta madrugada começou quando um apoiador de Bolsonaro a atacou e ao marido.

Rosângela retrucou:

“Otario”

Ela continuou sendo hostilizada e respondeu:

“Feliz em saber que ta todo mundo feliz! Com boletos em dia, com salários em dia, com expectativas de prosperidade!!! Feliz por vocês!! Paguem simples e darfs em dia!! Teu politico de estimação precisa!”.

Não aplacou a ira dos seguidores. E ela voltou à rede:

“Pare de ser besta! Manda lá teu boleto veja o que acontece e me conta!!! Talquei?”

Mais ataques contra ela. E nova resposta:

“Gentes! Vamo ser fekiz!! So vc vai pagar teu boleto! Lanço um desafio … !!! Manda teu boleto p Brasília e ve quem encara! Escola, seguro, plano saúde!!! Fica aí pagando em dobro Ipva, iptu, escola, seguro, alarme, plano de saúds, etc”

Teve gente que atribuiu os erros de digitação e português ao excesso de vinho. Rosângela se manteve na ofensiva, com aquele discurso típico de cidadão de bem ao mesmo tempo provinciano e extremista:

“Vamo acordar ! NOS pagamos aquilo la! O minimo que nos devem em troca é probidade! É olhar vulneráveis! É entender que brasil é heterogêneo e que cabe todo mundo. Chega de confundir brasil c religião! NOSSO PAIS EH ENORME E CABE TODO MUNDO! Cabem todas as crenças! Cabem todos os generos! Cabem todas as crenças e escolhas!!! Nosso país é um só!! Vamos olhar p nosso lado!!!! E mantenho meu desafio para vc idolatra politico: manda la teu boleto e me conta! Se der certo mando os meus tb.”

Poucas pessoas a defenderam, e ela voltou a se manifestar, com mais três textos muito agressivos:

“Sorry haters! A vidaé muito curta para cultivar maus sentimentos!! E lembro Renato Russo: Tem gente que está do mesmo lado que você

Mas deveria estar do lado de lá

Tem gente que machuca os outros

Tem gente que não sabe amar

Tem gente enganando a gente

Veja nossa vida como está!!! Vi faces amigas virarem números de covid e sofro com isso! Cuidem-se!! Usem máscara.! Eu nao te nem ai p Bolsonaro e governo ou poder, so sou gente normal com vida normal! E na vida real vi pessoas próximas e amadas morrerem de covid! Cuidem-se!”

“Parem de polarização!!!! Nossa naçao eh muito maior q isso e cabe todo mundo, cabem todas as ooçoes! Tem MUITA vida fora de Brasília! E precisa haver para sustentar aquilo@la! Bora trabalhar!”

“Fica ai idolatrando politico? Otario!!! Eh vc q emprega paga imposto e sustenta aquilo la!!! ACORDA!!!”

O desequilíbrio de Rosângela Moro talvez esteja ligado à frustração por não ver o marido indicado para o STF, como era o desejo do ex-juiz.

Rosângela fez campanha para Bolsonaro, enquanto o marido usava seu poder de juiz para atacar o PT.

Alguns dias antes do primeiro turno, Moro vazou a delação de Antônio Palocci, uma atitude que já foi condenada pela Segunda Turma do STF.

No dia do segundo turno, Rosângela publicou uma montagem que mostrava o Cristo Redentor apontando para o 17, número de Bolsonaro na urna.

Fica a pergunta:

Rosângela foi otária, ingênua ou excessivamente ambiciosa, pois à época, ainda magistrado, como se sabe, o marido conversava com Paulo Guedes para colocar seu passe a serviço de Bolsonaro.