Comandante do Exército perdeu posto por ter impedido prisão de golpistas, diz colunista

Atualizado em 22 de janeiro de 2023 às 7:46
Júlio César de Arruda fardado, falando e gesticulando
O ex-comandante Júlio César de Arruda – Divulgação

O agora ex-comandante do Exército, Júlio César de Arruda, perdeu o cargo por ter enfrentado ordens indiretas do presidente Lula (PT) e ter impedido a prisão de bolsonaristas golpistas, afirma o colunista Paulo Capelli, em texto publicado no Metrópoles neste domingo (22).

No dia 08 de janeiro, data do ataque terrorista executado por militantes de extrema-direita contra as instituições federais, em Brasília, o general Arruda não autorizou a entrada da Polícia Militar do Distrito Federal no QG do Exército para prender os golpistas que voltaram ao acampamento após o atentado. Nessa altura, a intervenção federal já estava decretada por Lula.

De acordo com o colunista Paulo Capelli, o então comandante do Exército se dirigiu para o chefe da PM-DF, Fábio Augusto Vieira, e, com o dedo em riste desafiou: “O senhor sabe que a minha tropa é um pouco maior que a sua, né?”.

Lula viu como uma afronta a barreira formada por homens do Exército e, sobretudo, o uso de veículos militares blindados para impedir o avanço da PM-DF. Um agravante: antes mesmo desse episódio, o presidente já estava furioso com o Exército por não ter impedido a invasão ao Planalto”, escreve Capelli em sua coluna no Metrópoles.

Ainda segundo o jornalista, a demissão do general Arruda já estava definida no fim daquele mesmo dia. Faltava apenas encontrar um comandante alinhado com a necessidade de combater o golpismo bolsonarista. Tomás Miguel Ribeiro Paiva, então, foi nomeado ontem (21) para a função. Ele ocupava o cargo de Comandante Militar do Sudeste e, na quarta-feira (18), defendeu, em um discurso para a sua tropa, o respeito ao resultado das urnas e a democracia, se mostrando um general legalista.

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