A tramitação da ação movida pelo Partido dos Trabalhadores (PT) contra o deputado bolsonarista Abilio Brunini no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados teve um novo capítulo. O relator designado para analisar a denúncia, Alexandre Leite, optou por rejeitar a acusação apresentada pelo PT, alegando que as condutas atribuídas a Brunini não configuraram quebra de decoro parlamentar, tal como alegado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
A representação do PT requereu uma sanção disciplinar contra Brunini devido ao comportamento e às declarações proferidas pelo deputado em duas audiências que tratavam do conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, realizadas nos dias 7 e 8 de novembro de 2023.
Durante a audiência ocorrida na Comissão de Legislação Participativa em 7 de novembro, Brunini acusou os participantes que defendiam o fim do conflito na Faixa de Gaza de apoiarem o Hamas. Essa atitude provocou o encerramento abrupto da reunião, que contava com a presença de especialistas, professores e representantes palestinos.
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A sessão da Comissão de Legislação Participativa da Câmara que pretendia discutir a guerra na Faixa de Gaza terminou em confusão e intervenção da Policia Legislativa. O deputado Abilio Brunini (PL-MT), apoiador do Jair Bolsonaro (PL), falou que o apoio enviado à… pic.twitter.com/gNJ6jl4OSb
— Camarote da República (@camarotedacpi) November 9, 2023
No dia seguinte, durante um debate na Comissão de Direitos Humanos da Câmara sobre a crise humanitária em Gaza, Brunini foi removido pela Polícia Legislativa após acusar os presentes de “propagar o anti-semitismo” e defender as ações do Hamas. Esse episódio gerou mais polêmica e interrupções no evento.
A representação do PT acusou Brunini de comparecer às audiências “com o intuito de provocar tumulto e discórdia”, uma vez que suas opiniões políticas e ideológicas, que incluem um apoio incondicional à resposta militar israelense, não foram bem recebidas pelos presentes.
No relatório apresentado por Alexandre Leite, ele argumenta que as ações descritas na denúncia não se enquadram nos critérios para quebra de decoro parlamentar, sugerindo apenas uma sanção de censura verbal. O documento foi encaminhado ao presidente da Câmara, Arthur Lira, mas a votação foi adiada devido a um pedido de vistas da deputada Jack Rocha, do PT.
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