A nomeação de Caio Paes de Andrade à presidência da Petrobras foi aprovada pelo comitê responsável por analisar os currículos de indicados a cargo de chefia na empresa, mesmo sobre os questionamentos de compatibilidade com a Lei das Estatais.
A posse em questão, depende apenas do aval do conselho de administração da companhia, que deve se reunir de forma extraordinária para debater o tema na próxima segunda-feira (27). No entanto, após a reunião que ocorreu nesta sexta-feira (24) os petroleiros irão à Justiça tentar impedir a nomeação.
A Petrobras comunicou que a decisão foi por maioria. Porém o presidente do comitê, Francisco Petros, foi o único dos quatro membros a votar contra a indicação. Informação dada pela Folha de S.Paulo.
Acionistas minoritários no conselho de administração da companhia, são apoiados por Petros. Além dele, o chamado de Comitê de Elegibilidade é formado pelo conselheiro Luiz Henrique Caroli, indicado pelo governo ao cargo, e pelos membros externos Ana Silvia Matte e Tales Bronzato.
Paes de Andrade será o quarto presidente da Petrobras no governo Jair Bolsonaro (PL) se o conselho confirmar. Substituindo José Mauro Coelho, que em meio a pressões contra reajustes nos preços dos combustíveis, foi demitido pelo presidente da República pouco mais de um mês após tomar posse.
A nomeação de Paes de Andrade é vista pelos petroleiros como um movimento no sentido da privatização da Petrobras, que tem apoio nos ministérios de Minas e Energia e da Economia. Além de prometerem greve nacional caso o processo avance.