Comitê de Direitos Humanos da ONU denuncia EUA por participação do genocídio palestino

Atualizado em 16 de outubro de 2023 às 17:09
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o primeiro-ministro de Israel, Netanyahu

POR SARA VIVACQUA, de Genebra

Hoje em Genebra, os Estados Unidos da América foram denunciados por organizações na 139ª Sessão do Comité dos Direitos Humanos da ONU por participar, através de ajuda militar, além de apoio diplomático e político, do genocídio palestino.

Depois de cortar água, comida, eletricidade, insumos médicos e exigir a evacuaçāo palestina em 24 horas de seu próprio território, Israel bombardeia a passagem ao Egito, atingindo membros das equipes de resgates. Foram em seis dias mais de 6 mil toneladas de bombas, o que equivale a um ano de bombardeio no Afeganistão.

Enquanto altos funcionários do governo e do exército de Israel declaram publicamente sua intenções genocidas e as executam, os EUA reforçam o seu suporte a esse crime de guerra.

Durante a audiência formal na ONU sobre as violações de direitos humanos nos Estados Unidos, o comitê foi instado a tomar uma posição firme.

A US Campaign for Palestinian Rights (USCPR) denunciou a violação do artigo 6º do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (ICPPR), que protege o direito a vida.

“Há provas abundantes e contundentes de que os EUA são cúmplices do ataque mais extremo a este direito em Gaza: o genocídio. Embora os EUA afirmem que as obrigações do ICCPR não se estendem para além das suas fronteiras. Este comité há muito que recusou este argumento”, disse Ahmad Abuznaid, representante da entidade.

“Além disso, a Convenção sobre o Genocídio impõe aos EUA o dever de impedí-lo. Os EUA não estão a cumprir todas as suas obrigações”.

Um perito da ONU afirmou: “Israel já procedeu a uma limpeza étnica em massa dos palestinos sob o nevoeiro da guerra”.

E enquanto a emboscada e a limpeza étnica palestinas se desdobra em frente aos olhos de toda a comunidade internacional, a grande imprensa e os governos europeus fazem verdadeiros chamados de guerra ao terror à resistência palestina, abrindo caminho para os ataques da ocupação colonial israelense.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, ameaçou suspender as relações exteriores com Israel. O governo Lula deveria se somar a essa posição civilizatória da Colômbia.