A reação do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) durante busca e apreensão da Polícia Federal na semana passada deixou agentes intrigados. Ele estava na casa do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, em Angra dos Reis (RJ), quando teve notebooks, celulares e computadores apreendidos. A informação é da coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo.
Investigadores não tinham muita esperança de conseguir provas com os dispositivos apreendidos com o vereador, já que ele e sua família costumam tomar cuidado para não deixar registros de conversas ou mensagens e trocam de aparelhos constantemente.
Foi a reação de Carlos ao saber que dois celulares foram apreendidos em outro endereço que gerou suspeita em agentes. O vereador ficou tenso ao ser informado por telefone que a PF esteve na casa da família na Barra da Tijuca (RJ).
Policiais federais não entenderam a reação de Carlos, que já sabia que seria alvo de busca e apreensão. O comportamento dele após a notícia de que seus aparelhos na Barra da Tijuca foram apreendidos deu esperanças a investigadores, que acreditam que os itens devem conter informações importantes para a apuração sobre seu envolvimento no esquema de espionagem ilegal da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
No total, foram apreendidos 3 notebooks, 4 celulares e 11 computadores em endereços ligados a Carlos na ocasião. Durante as buscas em seu gabinete na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, foi identificado um computador rotulado como “computador guardião”.
Todos os dispositivos foram transferidos para Brasília na última terça (30). Investigadores analisam os aparelhos em busca de provas de seu envolvimento com a “Abin paralela”.