Salário atrasado, calote, cancelamentos: como foi a quebra da Itapemirim

Atualizado em 19 de dezembro de 2021 às 12:44
Veja o avião
Avião da Itapemirim (ITA Transportes Aéreos). Foto: Gustavo Aguiar via Wikimedia Commons

Itapemirim, a empresa aérea, operava há menos de seis meses e anunciou neste mês a “suspensão temporária” de todas as operações. Uma reportagem de Alexandre Saconi no UOL dá detalhes sobre a quebra da empresa.

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A quebra do Itapemirim

Oficialmente a empresa disse que pretende se reorganizar e retomar os voos.

A realidade ela é bem diferente.

Há atrasos de salários e benefícios de funcionários, suspensão do plano de saúde dos trabalhadores, dívidas com fornecedores, descumprimento de horários, cancelamentos de voos, atendimento criticado por clientes e envio de dados errados sobre número de passageiros para a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Plano de saúde de funcionários foi suspenso desde o começo de dezembro, e a empresa se tornou alvo de ação movida pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).

Salários dos empregados e benefícios como vale-refeição e transporte também vinham atrasando com frequência. Em dezembro, a empresa parcelou o pagamento dos trabalhadores em duas vezes.

Havia queixas, também, de que verbas rescisórias não estavam sendo pagas aos demitidos.

Além isso, mecânicos estariam trabalhando sem equipamentos de proteção adequados, segundo o sindicato da categoria.

De acordo com Clauver Castilho, diretor do SNA, foi necessária a intervenção do sindicato contra a empresa.

Um caos completo, segundo a reportagem.

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