Kelmon Luis de Souza, o autointitulado padre Kelmon, diz fazer parte de instituição que não é reconhecida por igrejas canônicas. O candidato do PTB afirma ser ligado à Igreja Católica Apostólica Ortodoxa del Peru, instituição controversa fundada por Angelo Ernesto Morel Vidal, que também não possui ligação com a comunhão ortodoxa. A informação é da coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo.
Após ser revelado que ele não faz parte de nenhuma igreja ortodoxa estabelecida no país, Kelmon disse ser um legítimo sacerdote. Vidal afirmou que o petebista tem vínculo com a igreja peruana, que se descreve como “autocéfala” (que não responde a nenhuma autoridade superior e se autogoverna).
A instituição ainda diz não ter “nenhum relacionamento com outras convenções ortodoxas dentro do território do Peru ou em nenhuma das missões no exterior”. Foi o fundador da igreja quem assinou os comprovantes de escolaridade entregues por Kelmon ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Apesar disso, em seu site, o PTB já se referiu a Kelmon como bispo eleito pelo Santo Sínodo, autoridade suprema da Igreja Ortodoxa.
O “candidato padre” ou “padre de festa junina”, como diz Soraya Thronicke, foi colocado na disputa após a impugnação de Roberto Jefferson pelo TSE.