“Falar sobre o Bolsonaro é dar a ele a atenção que ele quer”, dizem os inocentes.
Eu, que não considero, nem de longe, a família Bolsonaro inofensiva politicamente, continuo problematizando cada ridículo ponto de suas polêmicas vazias, e o farei enquanto houver eleitores de Bolsonaro em solo brasileiro.
O ódio da extrema direita é tão patético e tão absurdo que, na verdade, recusamo-nos a nos preocuparmos de fato com ele. Rimos de desespero.
Eu também adoro rir da inacreditável figura Bolsonaro, mas até quando? Até ele chegar à presidência pra mostrar que não está pra brincadeira?
Não. Eu sempre sofro por antecedência, mesmo. E a família Bolsonaro é, além do mais, claramente uma ameaça real ao Brasil. Guris de 12 anos cheios de ódio no coração crescerão (e votarão) em breve.
O patriarca da família, codinome Bolsomito (SIC), acaba de ser condenado a indenizar Maria do Rosário por ter dito que não a estupraria porque ela não merece (spoiler: ninguém merece!)
Que belo dia para existir, não?
Sim, porque bolso de burguês dói. Todo burguês é meio seu Siriguejo.
Fora a humilhação pública, fora a obrigatoriedade de pensar duas (três, quatro, dez) vezes antes de insultar uma mulher novamente…
Então, sim, gozei com a condenação. Ainda estou gozando.
Apesar disso, eu e 10 entre 10 pessoas brasileiras (porque primeiro que bolsominion nem é gente…) preferíamos assistir à prisão de um apologista ao estupro e à tortura do que sua condenação na uma indenização. De preferência algemado e ao vivo. O show da justiça deve ser igual ao show do discurso de ódio em termos de grandiosidade.
E para o Bolso que gosta tanto de dormir nas sessões plenárias, a penitenciária seria mesmo no mínimo confortável.
Lugar de dormir é na cadeia.