Após ser condenado a pagar uma indenização de R$ 300 mil à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o empresário bolsonarista Luciano Hang, dono das lojas Havan, assinou um acordo para falar publicamente sobre a importância da entidade.
O motivo da condenação foram as publicações do catarinense nas redes sociais, consideradas ofensivas aos profissionais da advocacia. Ele chamou os integrantes da OAB de “abutres” e disse que “vivem da desgraça alheia”.
“A OAB é uma vergonha. Está sempre do lado errado. Quanto pior melhor, vivem da desgraça alheia. Parecem porcos que se acostumaram a viver num chiqueiro, não sabem que podem viver na limpeza, na ética, na ordem e principalmente ajudar o Brasil. Só pensam no bolso deles, quanto vão ganhar com a desgraça dos outros. Bando de abutres”, disse ele, por meio de sua conta no Twitter, em 2019.
Os posts foram retirados do ar e o bolsonarista condenado por dano moral coletivo. Segundo o acordo, homologado pelo desembargador Luís Alberto D’Azevedo, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), Hang terá que “contratar empresa para produção, gravação e veiculação, em TV aberta, de campanha de valorização da advocacia, nos termos definidos na sentença, com início dos trabalhos em 30 dias”.
A peça deve ser “previamente submetida à OAB/SC e veiculada mediante aprovação da entidade catarinense”.
Luciano Hang é o empresário que mais aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL), tendo subido no palanque com ele no comício do 7 de setembro. Ele é um dos oito donos de companhias investigados pela Polícia Federal por defenderem, em um grupo de WhatsApp, um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) vença as eleições.