Deltan Dallagnol, o deputado cassado como fraudador, está se achando. Ele tem certeza de que sua condenação valia uma vaga no Supremo.
Foi assim que o relator do processo no TSE, ministro Benedito Gonçalves, correu o risco de pedir a sua condenação para ser indicado ao STF.
Nunca se viu um réu condenado por fraude dizer algo parecido de um ministro de uma alta corte de Justiça. O ex-procurador fraudador acusa o ministro do TSE de ter fraudado sua decisão para chegar onde deseja. É gravíssimo,
Dallagnol é tão simplório, tão amador e tão desafiador do Judiciário que que acha possível, como disse à Folha, que a mesa da Câmara afronte o TSE e mantenha seu mandato.
Mas será que ele acha mesmo que vale esse peitaço? Que deputados profissionais vão desafiar o poder do TSE para salvar a pele de um sujeito que ataca todo mundo, como se ainda tivesse o poder lavajatista da República de Curitiba?
O ex-deputado cassado como fraudador teve a cara de pau de dizer o seguinte na entrevista à Folha:
“A decisão ofende não apenas a lei, não apenas a Constituição, mas ofende o que tem de mais sagrado na democracia, que é o poder da população expressado pelo voto. Quando um tribunal faz isso fora da hipótese legal, ele está colocando em risco a nossa democracia”.
Quando ele e Sergio Moro condenaram e encarceraram Lula em 2018, que liderava as pesquisas, para que Bolsonaro vencesse a eleição, aí a vontade da população não valia nada.
Dallagnol, cassado como fraudador, está condenado a ser pastor de alguma igreja, mas com Deus ao seu lado, e não acima dele, porque acima dele só seu ex-chefe Sergio Moro, que o empurrou para essa desgraceira toda.
Originalmente publicado em Blog do Moisés Mendes
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