Conheça a “Casa Branca” em topo de arranha-céu e saiba por que não pode ser ocupada

Atualizado em 30 de maio de 2024 às 12:41
Mansão de R$ 100 milhões foi construída em topo de arranha-céu. Foto: reprodução

Há quase 15 anos, Vijay Mallya, um dos empresários mais influentes da Índia, anunciou a construção de uma réplica da Casa Branca no topo de um arranha-céu de luxo em Bangalore. Erguida no terraço do edifício de 120 metros de altura Prestige Kingfisher Towers, a mansão foi concluída em 2017, mas nunca chegou a ser habitada.

Anunciada em 2010, a mansão foi projetada para servir como residência do magnata que, na época, presidia a United Breweries Group (UB Group), uma das maiores cervejarias do mundo. No entanto, acusações de crimes financeiros, incluindo empréstimos não pagos e lavagem de dinheiro, levaram Mallya a buscar refúgio no Reino Unido em 2016, antes que pudesse ocupar a opulenta residência.

A mansão de quase quatro mil metros quadrados, com custo estimado em cerca de US$ 20 milhões (R$ 103 milhões), é uma réplica impressionante da residência oficial do presidente dos EUA. Com amplos jardins, uma adega de vinhos, piscina infinita e um heliponto particular, a “Casa Branca indiana” também possui elevadores privativos para garantir a privacidade do proprietário, evitando o contato com os outros moradores do edifício, que pagaram aproximadamente US$ 3 milhões (R$ 15 milhões) por apartamentos de luxo de até três andares.

Devido às acusações de fraude e as leis indianas que permitem o confisco de bens relacionados a atividades ilícitas, a mansão permanece desocupada. “Eu neguei e continuarei negando todas as acusações contra mim”, afirmou Mallya após ser preso em Londres em 2017, quando o governo britânico acatou um pedido de extradição feito pelas autoridades indianas. “Eu não iludi nenhum júri. Se é meu dever estar aqui, estou feliz de estar aqui”, completou.

Mallya alega que pagará suas dívidas, enquanto as autoridades indianas continuam a lutar por sua extradição para resolver o conflito jurídico. A incerteza sobre o destino da mansão aumenta, com especulações de que o imóvel possa ser vendido para saldar as dívidas do empresário.

Apesar de seu status desocupado, a mansão tornou-se um ponto turístico em Bangalore, atraindo viajantes e curiosos que contemplam e fotografam a “Casa Branca indiana” à distância.

A história do magnata e seu estilo de vida extravagante inspiraram a série documental “Bad Boys e Bilionários” da Netflix, que explora a “trilha de ganância, fraudes e corrupção que ergueu — e derrubou — alguns dos magnatas mais poderosos da Índia”.

Além de sua presidência no UB Group, Mallya fundou a companhia aérea Kingfisher Airlines e foi membro do Parlamento indiano por dois mandatos. Também foi um dos donos da equipe de Fórmula 1 Sahara Force India. No entanto, a falência da Kingfisher Airlines em 2012 e a dívida de 1 bilhão de libras (R$ 4,1 bilhões à época) a bancos estatais, anteciparam sua saída da Índia e a subsequente perseguição judicial.

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