Uma cientista política foi condenada a pagar R$ 30 mil por danos morais para a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), segundo decisão da 4ª Vara Cível de Brasília, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Seu nome é Susana Ribeiro Moita.
LEIA MAIS:
1 – Bolsonaro tem compromisso uma hora depois de depoimento à PF
2 – Guantánamo, 20 anos de horror. Por Baltasar Garzón
3 – Luciano testa positivo para Covid dois dias depois de ser eliminado do BBB
Quem é Susana Moita?
De acordo com o LinkedIn dela, Susana é “CEO da Ágora Saia da Bolha”. Ela descreve sua formação da seguinte forma: “Bacharel em Ciência Política e em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília. Especialista em Administração de Projetos pelo Unicesp. Especialista em Administração Pública pela Universidade Federal de Uberlândia. Mestre em Direito pelo UniCeub”.
“Descomplico o sistema político para formar cidadãos participativos e políticos profissionalizados”, disse ela sobre a descrição de suas atividades na internet.
Ataques contra Dilma e vacina
Ela foi condenada a indenizar a ex-presidente por ter publicado informação de que Dilma foi autora do homicídio do soldado Mário Kozel Filho, há 50 anos.
Numa publicação de agosto de 2021, Susana usou hashtags para fazer críticas ao PT e chamar Dilma de “anta”, “lixo”, “terrorista”, “burra”, “malandra” e “bandida”. Hoje a publicação está fora do ar.
Mas há outras postagens que mostram como ela é uma fiel militante bolsonarista: “Passaporte sanitário, uma ideia que começou na Alemanha nazista”.
Defende clã Bolsonaro
Ela diz que “Michelle Bolsonaro é alvo de preconceito religioso”. E completa: “Este mundo jaz no maligno. Se eu tinha alguma dúvida em quem votar em 2022, só por causa dessa notícia tenho certeza em quem votar, pois quem incomoda o diabo é de Deus e com Deus eu estou!!!”. Nas hashtags, ela faz propaganda do pastor André Valadão.
Ataca Lula
Em outro post, ela consegue insinuar que Moro está junto de Lula, acredite se quiser. “Moro sempre foi uma incógnita pra mim. Mesmo que ele tivesse usado de meios ilícitos para prender o maior corrupto desse país, eu não conseguia condená-lo, pois nosso sistema legal é falho e, às vezes, é necessário cometer certas ilegalidades por uma justiça maior.
Até que ponto a traição de Moro era suficiente para cancelá-lo? Até que ponto a suspeição de Moro era suficiente para cancelá-lo? Enfim, ele estava no meio do campo de uma batalha: nem esquerda nem direita. A pior decisão da vida dele foi abraçar quem ele mesmo condenou e dar às costas a quem estendeu lhe a mão um dia”.
Salada de negacionismo
Para Susana, o Brasil “não desmata demais” na Amazônia. E sim é vítima de “interesses internacionais”, citando o falecido político Enéas Carneiro.
Para completar a salada de negacionismos: Ela ataca o ministro Alexandre de Moraes, do STF, a vacinação na pandemia e os governadores dos estados que vacinaram, é claro.
O juiz Giordano Resende Costa escreveu, na sentença publicada na quinta-feira (27), que “a internet não é terra sem lei” ao condenar Susana. Os ataques contra Dilma estão fora do ar. Os demais permanecem – e ela ainda reclama de censura no Facebook.