O avião que transportava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e uma comitiva de ministros de volta ao Brasil enfrentou problemas técnicos e pousou na Cidade do México às 22h16 (horário de Brasília) de terça-feira (1º).
A aeronave, um VC-1 Airbus A319CJ, já tem 18 anos de uso e se aproxima da metade de seu ciclo de vida, o que exigirá passar por um processo de reformulação ou substituição.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o VC-1 é uma aeronave militar especialmente designada para transportar o Presidente da República com segurança, tanto em voos nacionais quanto internacionais. O modelo possui a capacidade de operar em pistas curtas e estreitas, além de realizar voos de longa duração.
O Aerolula é dividido em três sessões. Na parte frontal do avião, há cerca de 10 assentos para autoridades a bordo, no meio, uma sala de reuniões com mesa e, na parte traseira, 40 assentos para assessores e demais convidados.
O Airbus 319ACJ (Santos Dumont), que foi comprado para substituir um Boeing 707 apelidado de “sucatão”, tem aproximadamente 34 metros de comprimento e de envergadura, com 12 metros de altura. Sua velocidade máxima de cruzeiro chega a 830 quilômetros por hora.
Até o ano passado, Lula desejava uma nova aeronave com maior autonomia de voo, que não exija muitas escalas para abastecimento e mais espaço para convidados. A FAB considerou adaptar um dos dois Airbus A330-200 comprados durante o governo Jair Bolsonaro (PL) ou adquirir um novo avião com as configurações solicitadas pelo petista.
O Airbus A330-200 precisaria de adaptações como internet, suíte com chuveiro e uma sala para despachos presidenciais, o que representa um custo elevado. O tema foi discutido em um almoço entre Lula e o alto comando da FAB na última quarta-feira.