O Senado terá, nos próximos dias, uma disputa interna por uma vaga no TCU. O ministro Raimundo Carreiro, que ocupa uma das três vagas que a Casa tem direito à indicação, se tornará embaixador do Brasil em Portugal, após ter tido indicado por Bolsonaro.
Com estratégias diferentes, três nomes estão colocados na disputa: os senadores Antonio Anastasia (PSD-MG), Kátia Abreu (PP-TO) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
Os senadores favoritos para ocupar o cargo são Anastasia, que tem o presidente da Casa como principal cabo eleitoral, e Kátia Abreu, que conta com apoio do presidente Bolsonaro, de ministros do Palácio do Planalto e de parte da oposição.
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal, disse que marcará para próxima terça-feira, dia 14 de dezembro a votação. Diante disso, o DCM resolveu fazer um perfil dos candidatos. Veja abaixo.
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Candidatos ao TCU no Senado
Antonio Anastasia
Antonio Augusto Junho Anastasia é um político, professor e advogado brasileiro, filiado ao Partido Social Democrático (PSD). É graduado e mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais.
Em 1988. Antonio Anastasia atuou como Assessor do Relator da IV Assembleia Constituinte do Estado de Minas Gerais, deputado Bonifácio Mourão. De 1995 a 1999, Anastasia passou pelo governo, assumindo o cargo de secretário-executivo do Ministério do Trabalho.
O político foi convidado para compor a chapa de reeleição como vice-governador de Minas Gerais em 2006, na chapa de Aécio Neves, que governou o Estado de 2003 a 2006, reelegendo-se até 2010. Com a renúncia de Aécio em março de 2010, Anastasia assumiu o governo até o final do mandato.
Logo após, foi reeleito nas eleições de 2010 em primeiro turno. Permaneceu no cargo de governador até 4 de abril de 2014. Foi eleito senador em 5 de outubro de 2014.
Na eleição de 2010, Anastasia se tornou o candidato do PSDB para o Governo de Minas, tendo como companheiro de chapa o então presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Alberto Pinto Coelho, do Partido Progressista (PP). Anastasia venceu no primeiro turno.
Em 6 de março de 2015, o Ministro Teori Zavascki, do STF, autorizou a abertura de inquérito contra Antonio Anastasia, juntamente com outros 48 políticos brasileiros com foro privilegiado de diversos partidos, a pedido da PGR, por conta de citação nas investigações da Operação Lava Jato da PF.
Na ocasião, o ex-policial Jayme Alves Oliveira Filho, conhecido como “Careca”, disse que foi a Belo Horizonte entregar dinheiro a uma “pessoa muito parecida” com Anastasia a mando do doleiro Alberto Youssef. Youssef confirmou que enviou recursos ilícitos para Belo Horizonte, porém negou que fossem para Anastasia.
Fernando Bezerra
O senador Fernando Bezerra formou-se em engenharia civil em 1965. Logo em seguida, tornou-se presidente da Ecocil. Dois anos depois, foi nomeado diretor-geral do DER do Rio Grande do Norte, do qual era funcionário de carreira. Dirigiu o órgão até 1971.
Nesse ano, assumiu a presidência da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, função que ocupou até 1994. Em 1995, foi eleito presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), cargo do qual saiu somente em 2002.
Suplente de senador, assumiu o mandato em dezembro de 1994 quando o titular da cadeira, Garibaldi Alves Filho (PMDB), abandonou o mandato para tomar posse como governador. Em 1998, elegeu-se senador para o período 1999/2007.
Durante a era FHC, Bezerra também foi líder do governo e chegou a ser nomeado ministro da Integração Nacional por Fernando Henrique em 1999. Foi afastado em 8 de maio de 2001, depois que outra empresa da qual foi sócio, a Metasa, foi acusada, em relatório da CGU de desviar recursos da Sudene.
Nascido em Petrolina no sertão de Pernambuco, tem trajetória política ligada à região, tendo sido prefeito de sua cidade natal por três mandatos, eleito em 1992, 2000 e 2004,
Desde 20 de fevereiro de 2019, é líder do governo Bolsonaro no Senado Federal. Em setembro de 2019, o gabinete do Senador e sua residência foram alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal. Após análise do material apreendido e de quebra de sigilo dos celulares, a PF suspeita que Fernando Bezerra Coelho tenha sido avisado antecipadamente da operação.
Kátia Abreu
Kátia Regina de Abreu é uma empresária, pecuarista e política brasileira, filiada ao Progressistas. Foi a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento durante o segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff. É senadora pelo estado do Tocantins e foi candidata à vice-presidente da República nas Eleições presidenciais de 2018.
Formada em psicologia na Pontifícia Universidade Católica de Goiás, tornou-se pecuarista ao assumir, com a morte do marido em 1987, uma fazenda no antigo norte goiano, atualmente Tocantins.
Em 1998, Kátia Abreu disputou pela primeira vez uma cadeira na Câmara dos Deputados, ficando como primeira suplente. Assumiu a vaga em duas oportunidades, entre abril de 2000 e abril de 2002. Foi escolhida para presidir a Bancada ruralista no Congresso Nacional, sendo a primeira mulher no país a comandá-la, que na época contava com 180 integrantes.
Em 2002, foi efetivamente eleita para a Câmara dos Deputados com 76.170 votos, a mais votada no Estado do Tocantins.
Em 2006, concorreu e venceu a eleição por uma vaga ao Senado Federal, derrotando Siqueira Campos, que tentava a reeleição.
Em 2007, criticou a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF),[4] criticando o presidente Lula.
Em 2009, Kátia Abreu figurou entre as cem personalidades mais influentes do Brasil, numa lista seleta publicada pela edição especial da Revista Época.
Em abril de 2018, filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Em 22 de novembro de 2020 foi internada em São Paulo em decorrência de complicações causadas pela COVID-19. Segundo a parlamentar, seu teste deu positivo após 3 assessores receberem o diagnóstico da doença. Atualmente está filiada ao Partido Progressista.
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