O Conselho Nacional dos Direitos Humanos, vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos, optou por reabrir internamente o processo sobre o assassinato do ex-deputado Rubens Paiva, uma figura que se tornou um símbolo das atrocidades cometidas durante o regime militar no Brasil, especificamente durante o governo Médici.
Paiva foi vítima de sequestro e tortura, desaparecendo em 1971, com sua morte oficialmente confirmada apenas décadas depois.
A decisão unânime, de grande relevância simbólica e histórica, representa um esforço de reconstrução da memória coletiva. Durante os anos de ditadura militar, o caso foi arquivado pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH).
Esta iniciativa de reabertura do processo segue uma orientação do presidente Lula, que instruiu ministérios a evitarem eventos relacionados ao início da ditadura militar. Apesar disso, pelo menos oito ministros se manifestaram sobre o golpe durante o aniversário de 60 anos do evento, no último domingo.
É importante notar que a decisão é tomada por um órgão pertencente ao ministério liderado por Silvio Almeida, que havia planejado uma cerimônia para marcar a data, mas que foi cancelada devido à determinação de Lula.
Durante a reunião do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, conselheiros e a filha de Rubens Paiva, Vera Paiva, criticaram as recentes declarações do ex-presidente Lula. Vera destacou a importância de recordar o passado para compreender o presente, especialmente no contexto de eventos políticos recentes. O conselheiro encarregado do caso será André Carneiro Leão.
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