A cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, enfrenta uma crise com o desaparecimento de pelo menos 104 crianças e adolescentes após as enchentes devastadoras. O Conselho Tutelar do município está atualizando constantemente a lista de menores separados de suas famílias, com o número reduzido para 115 até esta terça-feira.
O órgão tem trabalhado incansavelmente para localizar as crianças desaparecidas, buscando em associações, igrejas, escolas e casas de pessoas que as acolheram. Segundo o conselheiro Rogério Bahi Behn, algumas crianças estão em abrigos sem contato com seus pais, enquanto outras foram resgatadas por familiares e levadas para residências temporárias.
“São crianças que estão em abrigos, mas ficaram sem comunicação com os pais. Ou então foram resgatadas por familiares que as levaram para casas de outras pessoas”, explica o conselheiro Rogério Bahi Behn.
A cidade, localizada a 20 km de Porto Alegre, foi uma das mais afetadas pelas enchentes, levando as vítimas a serem encaminhadas para diversos abrigos, muitas vezes separadas de seus familiares. Até segunda-feira, 16.697 pessoas estavam alojadas em 61 abrigos diferentes, incluindo escolas, igrejas e associações.
O Conselho Tutelar está coordenando esforços com outros órgãos e instituições do poder público para mapear a situação das crianças desaparecidas. Além disso, a Marinha planeja enviar um grupo de fuzileiros navais para estabelecer um hospital de campanha com 40 leitos, visando atender as vítimas com assistência médica militar.
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