O senador bolsonarista Eduardo Girão (Novo-CE) promoveu uma encenação bizarra durante debate sobre assistolia fetal no Senado Federal nesta segunda (17). A “peça” era um monólogo de um feto que implorava para não passar pelo procedimento.
A protagonista da encenação é a contadora de histórias Nyedja Gennari, que se identifica como escritora, professora e educadora nas redes. Ela já fez outras apresentações no Senado, mas costuma trabalhar para crianças em shoppings ou em casamentos, aniversários, eventos e até velórios.
Formada em Ciências da Educação, especializada em Literatura Infantil e pós-graduada em Educação Infantil, ela também escreve livros para crianças e é professora da rede pública de ensino. Nyedja também foi nomeada assessora da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, em março deste ano.
Nyedja recebeu o título de cidadã honorária da Câmara Legislativa do Distrito Federal em 2019. Ao entregar a honraria, o deputado Cláudio Abrantes (PDT) afirmou que ela é “uma contadora de histórias que já faz parte da história de Brasília”.
Brasil, 650 depois de Cristo, Idade das trevas.
Senadores debatem PL para obrigar crianças a terem o filho do estuprador em nome de Deus, pátria e família. pic.twitter.com/fm7HqudWe6
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) June 17, 2024
Ela foi chamada para interpretar o “monólogo do feto” durante audiência que debatia a proibição do Conselho Federal de Medicina (CFM) ao procedimento da assistolia fetal, que consiste na aplicação de substâncias para interromper os batimentos cardíacos do feto antes do aborto.
O procedimento é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e voltou aos debates em meio à tramitação do “PL do aborto”, projeto que prevê aplicar a pena de homicídio simples a mulheres que realizarem o procedimento após a 22ª semana de gestação.
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