Convite à militância do PDT para eleger Lula no 1º turno. Por Fernando Miola

Atualizado em 12 de setembro de 2022 às 23:28
Lula e Brizola

Por Fernando Miola

É preciso falar sem rodeios: nesta eleição não se decide apenas o governo que conduzirá nosso país pelos próximos quatro anos.

Nesta eleição decidiremos o futuro e o destino do Brasil diante da trágica encruzilhada em que o povo brasileiro se encontra – entre a vida e a barbárie bolsonarista, e entre a democracia e o fascismo.

Por isso esse convite à militância pedetista e ao eleitorado do PDT para se unirem aos setores democráticos e populares e votarem no Lula já em 2 de outubro, para elegê-lo imediatamente no primeiro turno.

A realidade mostra que Lula é o escolhido por quase metade do eleitorado brasileiro para retirar o Brasil do precipício fascista-militar. As pesquisas confirmam que, se ele ainda não tem 50%+1 dos votos totais, falta muito pouco para alcançar este escore.

Lula tem a preferência de cerca de 50% dos votos válidos. Com a ajuda da militância e do eleitorado do PDT, poderemos conquistar a vitória da democracia sobre o fascismo já no primeiro turno. E com a vitória imediata do Lula, conseguiremos resistir com maior força e legitimidade interna e externa às ameaças antidemocráticas e de ruptura institucional.

O PDT e o lendário Leonel Brizola são muito maiores que Ciro Gomes, que na campanha eleitoral adota a mesma linguagem odiosa e antipetista do Bolsonaro e desempenha o papel lamentável de linha auxiliar do bolsonarismo.

O candidato Ciro, que iniciou a carreira política no PDS, o partido da ditadura militar, e passou por quase uma dezena de partidos antes de ingressar no PDT, não tem identidade ideológica profunda com o trabalhismo, o brizolismo e o progressismo. Ao contrário: com esta postura antipetista raivosa e a retórica bolsonarista, ele parece estar fazendo uma viagem de retorno à sua origem conservadora e coronelista.

É injusto os candidatos do PDT a deputado, senador e governador serem condenados a pagar com revés eleitoral o preço do equívoco histórico que Ciro comete. Os pedetistas poderão arcar com relevantes prejuízos eleitorais causados pela campanha do Ciro, que prioriza o combate a Lula e ao PT ao invés do enfrentamento ao projeto fascista de Bolsonaro e dos militares.

Em toda trajetória política desde a luta contra a ditadura e pelas Diretas Já!, Brizola esteve ao lado do Lula; eles sempre estiveram juntos, no mesmo lado da história.

Brizola nunca permitiu que divergências pontuais dele com Lula ou o PT inviabilizassem a unidade estratégica para combater o autoritarismo, a direita e o neoliberalismo.

Se estivesse vivo, Brizola com certeza hoje estaria junto com Lula corajosamente liderando a grande aliança democrática e popular que vai deter o fascismo e interromper o processo de devastação e entrega do país aos capitais nacionais e estrangeiros.

Este momento histórico gravíssimo, de urgência nacional, cobra a unidade da esquerda, dos progressistas e dos democratas. Em nenhum período anterior a política comum de brizolistas, pedetistas e petistas em torno do Lula foi tão vital para o futuro do Brasil como nesta conjuntura dramática.

A vitória do Lula em 2 de outubro é a prioridade das nossas prioridades históricas. Precisamos restaurar a democracia o antes possível e iniciar um novo ciclo, que será longo, de salvação e reconstrução nacional e, também, de desfascistização do Brasil.

Esse é o convite para pedetistas e brizolistas. Um convite para não aguardarem o segundo turno para eleger Lula, mas que ajudem a elegê-lo já no primeiro turno em 2 de outubro, num gesto de homenagem ao grande e inesquecível líder popular Leonel de Moura Brizola.

Publicado originalmente no blog do autor

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