Copom deve reduzir taxa de juros para 11,25%, menor nível em dois anos

Atualizado em 31 de janeiro de 2024 às 6:52
Entrada do prédio do Banco Central, em Brasília – Gabriela Biló

Nesta quarta-feira (31), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) está reunido para deliberar sobre a taxa básica de juros da economia. A expectativa é que haja um corte de 0,5 ponto percentual, levando a taxa de 11,75% para 11,25% ao ano. A decisão será divulgada após as 18h, segundo o G1.

Caso essa redução seja confirmada, será a quinta consecutiva na taxa Selic, alcançando o menor patamar desde março de 2022, quando estava em 10,75% ao ano. Os analistas dos bancos são majoritariamente favoráveis a essa diminuição.

Em relação à inflação, as projeções do mercado financeiro indicam que a taxa de juros deve continuar diminuindo ao longo de 2024, atingindo 9% ao ano até o final do ano.

Processo de Decisão e Metas de Inflação

O Banco Central, ao definir a taxa básica de juros, baseia-se em projeções para o futuro, visando controlar a inflação no sistema de metas. Neste momento, a instituição está direcionando suas análises para a meta do próximo ano e para o primeiro semestre de 2025. Isso ocorre devido ao intervalo de seis a 18 meses que as mudanças na taxa Selic levam para impactar totalmente a economia.

A meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano é de 3%, considerando cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. A partir de 2025, o governo alterou o regime de metas de inflação, mantendo-a contínua em 3%, com oscilações permitidas entre 1,5% e 4,5%.

Na semana passada, os economistas do mercado financeiro projetaram uma inflação de 3,81% para 2024 e 3,50% para 2025.

normas do banco central utilizadas em negociação de banco
Entrada do prédio do Banco Central, em Brasília. Foto: reprodução

Consequências da Redução da Taxa de Juros

Os especialistas apontam algumas consequências para a economia brasileira caso ocorra a redução da taxa de juros:

Redução das taxas bancárias: Espera-se que os cortes de juros sejam repassados aos clientes, seguindo a tendência observada nos últimos meses.

Crescimento da economia: Com juros mais baixos, prevê-se um comportamento mais positivo no consumo da população e melhorias nos investimentos produtivos, impactando positivamente o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e a renda.

Melhora das contas públicas: A diminuição dos juros favorece as contas públicas, reduzindo as despesas com juros da dívida pública. Estima-se que a economia pode chegar a R$ 100 bilhões em 2024.

Impacto nas aplicações financeiras: Investimentos em renda fixa, como Tesouro Direto e debêntures, podem ter rendimentos menores, tornando investimentos em renda variável mais atrativos com a queda da Selic.

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