Militares da reserva do Exército nomeados para diretorias do Ibama durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) deixaram de executar plano de ação que previa a retirada de garimpeiros ilegais na terra indígena Yanomami, em Roraima. Com informações do Estadão.
Os responsáveis por fazer com que as medidas fossem realizadas eram os coronéis Samuel Vieira de Souza, que comandou a Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama; e de Aécio Galiza Magalhães, que foi coordenador geral de fiscalização ambiental do órgão. Ambos foram nomeados pelo ex-ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.
Em maio do ano passado, a Justiça Federal em Roraima determinou que a União, o Ibama e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas atuassem de forma conjunta no combate aos crimes no território Yanomami.
A decisão foi tomada após uma ação movida pelo Ministério Público Federal no estado, que solicitava a retomada das operações policiais para retirada de garimpeiros. Um plano de ação chegou a ser elaborado por membros do Ibama e do MPF, mas nunca saiu do papel.
Em um documento com menos de dez páginas, membros do Ibama listaram medidas que deveriam ser tomadas durante um período de seis meses, como a proibição da entrada de alimentos e combustível, além da destruição de máquinas do garimpo.
Nesta semana, o MPF denunciou que foi ignorado pelas autoridades responsáveis em relação a uma série de providências que cobrava.