Corregedor que investiga Lava Jato pode quebrar sigilos de Moro e Dallagnol

Atualizado em 12 de junho de 2023 às 13:11
Senador Sergio Moro (União-PR) e o deputado cassado Deltan Dallagnol. Foto: reprodução

O corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, quer analisar a origem e destinação de recursos da Lava Jato e pode pedir quebras de sigilos bancários do senador Sergio Moro (União-PR) e do deputado cassado Deltan Dallagnol. O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) realiza uma correição extraordinária da 13ª Vara Federal de Curitiba e do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), responsáveis pela operação. A informação é da coluna Painel na Folha de S.Paulo.

A auditoria nos tribunais foi aberta após o afastamento do juiz Eduardo Appio, que vinha revisando as decisões do ex-juiz Sergio Moro, seu antecessor na 13ª Vara. O corregedor quer analisar como foram tomadas as decisões de Moro e apurar o uso de recursos da operação.

Salomão ainda quer analisar com atenção especial os acordos de cooperação internacional e como foram conduzidas as delações premiadas. Ele desembarca em Curitiba nessa semana para acompanhar os trabalhos da auditoria.

Na semana passada, o CNJ pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento das provas da Vaza Jato para usar na auditoria contra a 13ª Vara e o TRF-4. O material inclui mensagens obtidas por hackers trocadas entre procuradores e o então juiz Moro.

O TRF-4 ficou famoso com a Lava Jato por revisar atos e decisões de Moro. Segundo o regimento interno do CNJ, o órgão pode determinar medidas “necessárias, urgentes ou adequadas” para suprir “as necessidades ou deficiências constatadas” nos tribunais caso sejam identificados “fatos graves ou relevantes”.

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