O relator do processo contra Bolsonaro e Mourão, ministro do TSE Luis Felipe Salomão, pediu a absolvição do mandato da chapa. O julgamento está acontecendo na noite de hoje (26) e o ministro, após longo voto, indicou que os responsáveis pela denúncia não tinham provas. Em seu voto, Salomão encaminhou o relatório pela não condenação de toda a chapa.
Inicialmente, durante o discurso do magistrado, especulou-se que ele seria favorável a cassação. Porém, na reta final da sua argumentação, informou que os requerentes não conseguiram comprovar nenhum dos parâmetros para demonstrar a gravidade do episódio.
“Os resultados até aqui são catastróficos em clara intenção de destruir o ambiente democrático”, disse o ministro no voto. Ele citou ainda Alexandre de Moraes, para mostrar que houve real possibilidade de uma associação criminosa. Não satisfeito, Salomão lembrou o ‘gabinete do ódio’ que postava notícias falsas e lembrou que o STF foi vítima.
“Penso que as evidências saltam aos olhos, quando as provas analisadas como um todo”, declarou. “O conjunto comprobatório não deixa margem para dúvidas de que a campanha vencedora usou o WhatsApp para promover disparos em massas”.
“Penso não haver margem para dúvida, ato abusivo a promoção de disparo em massa em aplicativo de mensagens instantânea. E ainda mensagens falsas contra seus adversários políticos”, cravou.
Leia também
1 – Relatório final da CPI da Covid é aprovado e atribui nove crimes a Bolsonaro
2 – Maurício Souza não pretende se desculpar por homofobia e já tem um plano fora das quadras
3 – Aras não quer indiciar Bolsonaro por um motivo específico
TSE pode cassar Bolsonaro?
Agora, os outros ministros irão votar o relatório de Salomão e decidir o futuro da chapa Bolsonaro e Mourão. A expectativa da defesa e do Centrão é de que a maioria opte por arquivar o processo. O próprio vice já disse que não acredita que acontecerá algo.
Nos bastidores, como o DCM antecipou, está uma incógnita porque se sabe que, ao menos três ministros, querem cassar a chapa. Diante disso, com o voto do relator, a situação de Bolsonaro e de Mourão ficará nas mãos do restantes dos ministros. Se houver cassação, os próximos acontecimentos movimentarão a política.