A CPI dos Atos Golpistas aprovou, na manhã desta quinta-feira (24), a quebra de sigilos bancário e telemático da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti Neto, além da reconvocação do tenente-coronel Mauro Cid.
A quebra de sigilos da parlamentar passou a ser defendida depois que ela foi apontada pelo hacker, em depoimento à comissão, como responsável por ordenar uma invasão a sistemas do Judiciário.
A deputada também teria intermediado uma reunião entre Delgatti e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na qual foi discutido a possibilidade da fraudar, antes do último pleito, o código-fonte das urnas eletrônicas.
Na última quarta-feira (23), o presidente da CPI, deputado Arthur Maia (União-BA), pautou o requerimento. “Eu penso que, depois daquele depoimento do hacker, é importante que isso seja colocado, né? Haviam vários requerimentos nesta direção [de quebra de sigilo de Zambelli]”, disse.
Foram aprovados também a quebra do sigilo telefônico e telemático de Bruno Zambelli, irmão da deputada e de Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro, assim como a convocação de Osmar Crivelatti e um pedido ao Exército para que forneça informações para investigar militares que deveriam ter protegido o Palácio do Planalto.
Também nesta quinta, a comissão ouve o depoimento de Luís Marcos dos Reis, militar que fazia parte da equipe de Mauro Cid na Ajudância de Ordens do governo Bolsonaro. Ele, assim como Cid, está preso desde maio, após ser detido na operação que apura falsificação de cartões de vacina do ex-presidente.