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Encarregado com outros colegas das investigações em torno dos ataques do presidente Jair Bolsonaro à democracia e da participação dos filhos deles nas transmissões de fake news, o delegado federal Igor Romário de Paula é acusado em ação que tramita na 2ª Vara Federal de Bauru como um dos principais responsáveis por crimes cometidos e abafados na Operação Lava Jato.
Romário de Paula, como definiu o Painel da Folha de S.Paulo, é “um dos símbolos da Lava Jato de Curitiba”. Ele teve sua permanência confirmada à frente da Dicor (Diretoria de Combate ao Crime Organizado), pelo novo diretor-geral do Departamento de Polícia Federal (DPF), delegado Rolando de Souza, o amigo do amigo dos Bolsonaros.
Além do seu envolvimento na instalação de escuta ambiental ilegal em uma cela da Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal do Paraná (SR/DPF/PR), fato conhecido desde 2015, a ação narra sua tentativa de abafar a distribuição e o uso de aparelhos celulares “grampeados” por doleiros presos na Operação Lava Jato. Com eles, os policiais federais tinham o “intuito de gerar provas ou revelar o caminho de novas provas“, consta no processo.
A denúncia destes crimes e de outras de ilegalidades cometidas por quem deveria combatê-las estão na Ação Ordinária de Reparação por Danos Morais protocolada em 11 de março na Justiça Federal de Bauru (SP). Foi impetrada em nome do delegado federal Mario Renato Castanheira Fanton. Cobra da União uma indenização pelos danos à sua saúde, resultado da perseguição que sofre desde que atuou na superintendência de Curitiba, por 71 dias, entre 23 de fevereiro e 4 de maio de 2015.
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