O presidente Lula oficializou a remoção do embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, que foi transferido para Genebra, na Suíça, como representante do país na Conferência de Desarmamento da ONU (Organização das Nações Unidas). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta (29) após meses de crise diplomática entre os países.
O gesto é o mais forte tomado pelo país contra o governo do premiê israelense Benjamin Netanyahu, mas não significa uma ruptura das relações diplomáticas. Na prática, a ação sinaliza que o governo brasileiro quer reduzir a importância de Israel nas relações.
O Brasil tem uma das maiores redes diplomáticas do mundo, segundo o Itamaraty, mas não há representantes em todos os países, já que as embaixadas são escolhidas a partir das relações entre nações.
Os embaixadores são a principal autoridade de um país na nação em que residem e são responsáveis por promover a relação entre os governos política, comercial e administrativamente.
Meyer estava afastado do cargo desde fevereiro e existiam especulações nas últimas semanas de que ele voltaria para Israel, mas diplomatas negaram seu retorno. Ele foi chamado de volta ao Brasil após ser repreendido publicamente por autoridades israelenses depois de declaração do presidente Lula, que comparou os ataques contra palestinos na Faixa de Gaza ao Holocausto.
No decreto publicado nesta quarta, o governo não indicou um substituto para Meyer em Tel Aviv e a embaixada brasileira será comandada apenas pelo encarregado de Negócios, o que mostra uma redução na importância da representação.
A retirada de Meyer também ocorre em meio a críticas de organizações internacionais contra o governo Netanyahu e às vésperas de uma decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre a ordem de prisão emitida contra o premiê.
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