Durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a FAB (Força Aérea Brasileira) se negou a fechar o espaço aéreo nas terras indígenas Yanomami e a aumentar a fiscalização sobre a região, conforme pedidos feitos pela Polícia Federal
Os pedidos da PF aconteceram entre 2021 e 2022. Bolsonaro é apoiador do garimpo, prática ilegal que ameaça o meio ambiente e a saúde das comunidades tradicionais em Roraima.
De acordo com o UOL, todos os pedidos feitos pela PF foram negados. Em algumas ocasiões, a queixa era que os helicópteros usados por garimpeiros voam baixo e não são captados pelos radares em solo. Em outras, a resposta era que a área era muito grande. Certa vez, a Força Aérea exigiu compensação financeira pelos gastos com voos na fiscalização.
Os pedidos da PF aconteceram entre 2021 e 2022. Todos foram negados. Em algumas ocasiões, a queixa era que os helicópteros usados por garimpeiros voam baixo e não eram captados pelos radares em solo, embora possam ser captados por aviões-radares. Em outras, a resposta era que a área era muito grande.
Segundo o procurador do Ministério Público Federal, Luís de Camões Boaventura, o problema é antigo. Ele, que atua em áreas indígenas há mais de dez anos, afirmou que o controle do espaço aéreo na Amazônia “é uma balbúrdia”: “O espaço aéreo da Amazônia é sem lei, sem fiscalização, sem regulação, uma verdadeira balbúrdia”.
Boaventura afirmou que, já antes do governo Jair Bolsonaro, o controle do tráfego aéreo na Amazônia deixava a desejar. “Nos anos em que atuei na Amazônia, eu não vi a FAB fazer nada”, disse.
A postura da FAB, contudo, mudou com a chegada do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A vigilância do espaço aéreo na região é feita 24 horas por dia, somente em 20 dias do novo governo, já foram computadas 800 horas de voos para assistência humanitária em áreas do território Yanomami.
O governo Lula anunciou, na última quinta-feira (23), que seja feito um novo fechamento do espaço aéreo em Roraima no dia 6 de abril para coibir a exploração ilegal. A ideia é intensificar as prisões de garimpeiros que insistam em permanecer na região visando acabar de vez com as atividades.
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