Integrantes do governo e aliados mais próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acreditam, segundo a colunista do Globo Bela Megale, que o advogado Cristiano Zanin Martins, que ganhou notoriedade nos processos relacionados à Operação Lava Jato, seja o preferido para ocupar a nova cadeira do Supremo Tribunal Federal (STF).
O cargo será aberto em maio, com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, que completará 75 anos no dia 11 do mês em questão. O ministro já disse considerar um possível adiantamento de sua aposentadoria, mas isso só seria possível poucos dias antes do aniversário.
Antes de assumir a aposentadoria, Lewandowski comentou a aliados que só pretendia antecipar a aposentadoria caso fosse assumir o Ministério da Defesa de Lula, mas isso não se concretizou. O petista deu o cargo para o ex-ministro do Tribunal de Contas de União (TCU), o engenheiro José Múcio Monteiro (PTB).
Por ora, o advogado pessoal do presidente está sob a mira de aliados do petista que defendem a escolha de outros nomes para entrar na Corte. O advogado se tornou alvo de críticas após ser contratado pelas Americanas na ação contra o BTG Pactual. As queixas chegaram a Lula.
Alguns ministros do governo relataram que o presidente não considera esse fato “um problema” e disse que, como advogado, Zanin precisa sim trabalhar.
Apesar de membros considerarem que Zanin se “inviabilizou” após assumir o caso das lojas Americanas, o advogado revelou outra situação. Como Lula ainda não garantiu a ele, e nem a ninguém, a indicação ao Supremo, ele não pode abandonar as atividades do escritório e deixar de advogar.