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POR GILBERTO MARINGONI
Cristina Kirchner é a grande vitoriosa do dia. Sua tática de evitar personalismos estéreis faz com que as eleições argentinas se pautem por uma ampla crítica à política ultraliberal de Macri. É o caminho da ofensiva. Caso tivesse insistido em encabeçar a chapa peronista, provavelmente a agenda seria inversa e a direita forçaria um plebiscito sobre os anos K. Teríamos um cenário mais difícil para a oposição.
A hábil movimentação é oposta à tática adotada pelo PT em 2018. Ao colocar o “volta Lula” e o vitimismo como centro da campanha, a agremiação deu um presente aos adversários. A extrema-direita transformou a eleição num julgamento sobre o ciclo petista – e a indefensável gestão Dilma II – e deixou a hecatombe do governo Temer – e sua associação com a extrema-direita – fora do escrutínio popular.
O resultado é conhecido. E deve ter sido analisado em detalhes pelo peronismo.