Elba Ramalho virou notícia no último fim de semana por reclamar de manifestação contra Jair Bolsonaro e a favor de Lula em show. Apesar da cantora não querer se manifestar politicamente durante a apresentação, ela tem uma pauta em que concorda com o atual presidente: o aborto.
Em 2012, a cantora criticou a então presidente Dilma Rousseff por estar supostamente caminhando para legalizar o aborto no país. Em entrevista, ela disse que a gestão da petista estava “amparando grupos feministas”.
“Querida presidenta, eu fui a uma reunião em que a senhora disse que não legalizaria o aborto no Brasil. Muito me entristece como artista e cidadã brasileira ver o seu governo caminhar por vias contrárias e enganadoras, tentando convencer a nossa sociedade, amparando grupos feministas”, afirmou.
Elba, entretanto, já realizou um aborto no passado e disse fazer parte de um “movimento Pró-vida” para se manifestar contra o procedimento. Em 2016, ela afirmou:
“Passei por essa experiência. Existe sempre uma sequela que fica. Tem gente que toma drogas ou tenta o suicídio para esquecer. Liberar o aborto é abrir um precedente complicado: uma sociedade que investe contra a própria espécie. São crianças inocentes no ventre de uma mãe. No Movimento Pró-vida já salvamos mais de 300. Conheço a indústria do aborto e sei que é lucrativa. E não existe aborto 100% seguro. Até onde é legalizado morre gente. A humanidade vai tentar se autodestruir até chegar à boca do precipício”.
A artista também se aliou a Sara Winter, ex-bolsonarista e fundadora do “grupo dos 300”, uma união de militantes de extrema-direita. Em 2018, Elba chegou a gravar um vídeo de campanha junto de Sara, que à época era candidata a deputada federal pelo Rio de Janeiro.