Cúpula da PF usou argumento falso em caso de Milton Ribeiro, diz colunista

Atualizado em 27 de junho de 2022 às 17:33
Milton Ribeiro
Ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro
Foto: Vitor Campanato / Agência Brasil

A cúpula da Polícia Federal usou um argumento questionável para evitar que o ex-ministro Milton Ribeiro fosse transferido de São Paulo para Brasília depois de ser preso em decorrência das investigações sobre corrupção no Ministério da Educação, segundo a coluna de Rodrigo Rangel, no Metrópoles.

A direção da PF alegou “exposição desnecessária” dos presos, que, além de Ribeiro, incluem outros investigados, e “restrições orçamentárias”. Os dois argumentos foram utilizados para não realizar a transferência dos presos para Brasília.

No entanto, um levantamento feito pela coluna nos registros de voo dos aviões pertencentes à corporação indica que, para outros motivos, não há restrição orçamentária.

“Semanas antes da prisão de Milton Ribeiro, um dos jatos foi usado até mesmo para levar o diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira, a cidades do Norte e do Nordeste para participar de cerimônias de inauguração e de posse de delegados nomeados por ele para cargos de chefia”, diz a reportagem.

De acordo com a coluna, a Polícia Federal tem três jatos e um quarto, recém-adquirido, está prestes a entrar em operação. “Entre maio e junho, nas semanas que antecederam a prisão de Milton Ribeiro, duas dessas aeronaves fizeram nada menos que 40 voos”, argumenta.

Segundo a reportagem, além de derrubar o argumento de que não havia recursos para fazer a transferência do ex-ministro para Brasília, “dá força à queixa do delegado encarregado da investigação, Bruno Calandrini, que denunciou ter havido interferência da cúpula da PF no caso”.

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