Os tempos mudaram e as oportunidades mirraram, mas Deltan Dallagnol continua emplacando suas palestras aqui e ali.
O ex-chefete da Lava Jato é uma das estrelas de um MBA oferecido por um certo Edgar Abreu Cursos, empresa sediada em Porto Alegre.
As aulas são para formação de “profissional de finanças: banking, brokers e traders”.
O homem que já foi o Mick Jagger das conferências divide o show com um tal “Tio Hulli”, definido como “influenciador”, e o onipresente Clóvis de Barros Filho, uma variante de Leandro Karnal.
Dallagnol vai falar de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.
O cachê é um mistério, mas a inscrição custa R$ 6.650.
Não deve ser pequena a parte do procurador, uma vez que ele também faz as vezes de garoto-propaganda no material oficial.
Cada um dos instrutores, além de lecionar 6 horas por vídeo, vai disponibilizar materiais de apoio em texto, segundo o programa.
Entre 2017 e 2019, ele faturou R$ 580 mil com palestras. Mudou seus contratos para deixar de lado a filantropia e destinar o dinheiro para fins próprios.
Continua com muito tempo para engordar a renda enquanto dá expediente no Ministério Público e seu salário sai do nosso bolso.