O desejo da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, de concorrer a uma vaga no Senado parece estar chegando ao fim. Nesta segunda-feira (21), a bolsonarista voltou a falar sobre uma eventual candidatura, pelo Amapá, mas, dessa vez, para dizer que “não tem nenhuma motivação em ser candidata”. Em entrevista ao G1, ela disse que ainda não tomou uma decisão, mas “se quiser seguir meu coração, eu fico aqui [no governo]. Ainda vou ter uma conversa com o capitão”, disse.
A candidatura da ministra ao cargo no Legislativo tem enfrentado resistências. Segundo o site, nem mesmo o PL, partido do presidente, estaria disposto a receber a ministra para concorrer ao Senado. Davi Alcolumbre (União Brasil) senador pelo estado, seria o responsável por articular nos bastidores para impedir que partidos do Centrão e da direita aceitem a filiação da ministra.
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“Alcolumbre, tô chegando!”: entenda a provocação de Damares
No mês passado, ao comentar sobre uma eventual disposta a eleição para o Senado, a ministra fez uma provocação a Alcolumbre.
“São 6 Estados. Eu gostaria de sair candidata pelos 6, ter 6 cadeiras e 6 gabinetes. Mas, como não posso, estou orando para saber se serei e por qual Estado”, disse. “Tem Roraima, Sergipe, Amapá, São Paulo. Os outros 2 não me lembro, mas são 6. No coração? Amapá. Alcolumbre, tô chegando. Beijo, tchau””, acrescentou.
No jogo de braço, tudo indica que Alcolumbre esteja na frente. Ele decidiu não polemizar publicamente com a ministra, mas seus aliados estariam articulando. Ele tem apoio das legendas ligadas ao governo para sua reeleição, incluindo PL, PP, PTB e Republicanos.
Essa não foi a primeira vez que Bolsonaro ensaiou um novo protagonismo para a bolsonarista. Sua intenção inicial era a de formar uma chapa da ministra com Tarcísio de Freitas, pré-candidato ao governo de São Paulo. Na ocasião, no entanto, Damares disse que não gostaria de disputar nas urnas no Estado e alegou ter outros bons nomes à disposição de Bolsonaro.