Daniel Silveira gastou R$ 97 mil de dinheiro público em redes sociais desativadas

Atualizado em 17 de maio de 2022 às 11:14
Foto de Daniel Silveira com olhar sério e firme.
Moraes prorroga por mais 60 dias inquérito contra Daniel Silveira
Foto: Reprodução

O deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ), proibido há 15 meses pelo STF (Supremo Tribunal Federal) de manter contas em redes sociais, pagou R$ 97.300 para duas empresas acompanharem suas redes neste mesmo período e produzissem material de divulgação do mandato. O problema é que ele não tinha nenhuma plataforma para divulgar o conteúdo.

Em fevereiro de 2021, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das contas do parlamentar no Instagram, no Facebook e no Twitter. O magistrado destacou que ele continuava publicando ofensas ao Judiciário depois de ter sido preso.

Na época do bloqueio, Silveira foi orientado a deixar seu site inativo por seu advogado. Desde então a página está praticamente sem publicações.

Procurado pelo jornalista Thiago Herdy, do UOL, o bolsonarista disse que os serviçoes prestados pela empresa produtora de conteúdos com recursos da Câmara dos Deputados foram “absolutamente dentro da lei”.

Daniel Silveira foi condenado pelo STF, em abril, a 8 anos e 9 meses de prisão por conta de seus ataques à Corte. O presidente Jair Bolsonaro (PL), no entanto, lhe concedeu um indulto de graça perdoando a pena.

Moraes, no entanto, não deixou barato para o deputado, aplicando multas que já ultrapassam meio milhão de reais por descumprimento de medidas judiciais, como uso de tornozeleira eletrônica.