O deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ), proibido há 15 meses pelo STF (Supremo Tribunal Federal) de manter contas em redes sociais, pagou R$ 97.300 para duas empresas acompanharem suas redes neste mesmo período e produzissem material de divulgação do mandato. O problema é que ele não tinha nenhuma plataforma para divulgar o conteúdo.
Em fevereiro de 2021, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das contas do parlamentar no Instagram, no Facebook e no Twitter. O magistrado destacou que ele continuava publicando ofensas ao Judiciário depois de ter sido preso.
Na época do bloqueio, Silveira foi orientado a deixar seu site inativo por seu advogado. Desde então a página está praticamente sem publicações.
Daniel Silveira foi condenado pelo STF, em abril, a 8 anos e 9 meses de prisão por conta de seus ataques à Corte. O presidente Jair Bolsonaro (PL), no entanto, lhe concedeu um indulto de graça perdoando a pena.
Moraes, no entanto, não deixou barato para o deputado, aplicando multas que já ultrapassam meio milhão de reais por descumprimento de medidas judiciais, como uso de tornozeleira eletrônica.