A mais recente pesquisa Datafolha sobre a disputa eleitoral em São Paulo será divulgada nesta quinta-feira (19). Contratada pela TV Globo e pela Folha de S. Paulo, essa será a primeira pesquisa feita inteiramente após o episódio de agressão envolvendo José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB) durante o debate na TV Cultura, no último domingo.
O levantamento busca captar como os eleitores reagiram ao confronto entre Datena e Marçal, que se desentenderam no debate do final de semana.
A agressão ocorreu após Marçal fazer uma pergunta provocativa a Datena, questionando quando o apresentador pararia com a “palhaçada” e desistiria da candidatura. O ex-coach também acusou o apresentador de assédio e o chamou de “arregão”.
“Você não respondeu à pergunta. A gente quer saber. Você é um arregão. Você atravessou o debate esses dias para me dar tapa e falou que você queria ter feito. Você não é homem nem para fazer isso. Você não é homem”, afirmou o bolsonarista, que em seguida levou a cadeirada.
Vale destacar que a pesquisa Quaest, divulgada na quarta-feira (18), começou as entrevistas com eleitores no domingo, antes do incidente, e continuou na segunda e terça-feira, capturando apenas parcialmente os efeitos do ocorrido.
Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, 85% das entrevistas foram realizadas nos dias seguintes ao debate, permitindo uma avaliação mais precisa do impacto da agressão.
Pablo Marçal, considerado o principal prejudicado pelo episódio, focou sua campanha na agressão sofrida, além de uma motociata realizada no domingo, que teve baixa adesão. No entanto, ele aparece numericamente abaixo dos candidatos mais bem colocados, Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), com 20% das intenções de voto. Nunes lidera com 24%, seguido por Boulos com 23%, configurando um empate técnico, já que a margem de erro é de três pontos percentuais.
Na semana anterior, Marçal possuía 23% das intenções de voto, antes da confusão no debate. Agora, ele apresenta uma queda de três pontos. Ricardo Nunes manteve os 24% de menções e Boulos subiu de 21% para 23%.
Tabata Amaral (PSB) caiu de 8% para 7%, enquanto Datena, após o incidente, viu seu apoio crescer de 8% para 10%, embora tenha chegado a estar entre os líderes no final de julho, quando obteve 19%. Marina Helena (sem partido) aparece com 2% das intenções de voto, enquanto 7% dos eleitores planejam votar nulo ou em branco, e outros 7% ainda estão indecisos.