A intenção de votos dos eleitores tem mostrado novos padrões de comportamento quando questionados pelo Datafolha sobre qual seria sua outra possibilidade de candidato. Aqueles que declararam votos para o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) tendem a Lula, enquanto os apoiadores da senadora Simone Tebet (MDB) têm mostrado variância na polarização.
Na pesquisa divulgada nesta quinta-feira (1), os nomes que mais pontuaram, depois do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), foram os Ciro, com 9%, e Tebet, com 5%.
Dos eleitores de Ciro, 57% admitem que o voto ainda pode ser alterado até a data do primeiro turno, em 2 de outubro. Essa fatia, questionada sobre o candidato para o qual migraria, divide-se entre Lula (35%), Bolsonaro (24%), Tebet (10%) e branco ou nulo (10%).
Os percentuais são próximos ao da pesquisa anterior, de 18 de agosto. Cerca de 15 dias atrás, 34% dos eleitores voláteis do pedetista iriam para o petista, 20% para o presidente e 6% para a senadora.
Entre os 48% de eleitores de Tebet que admitem repensar a escolha, a situação é mais volátil: 27% defendem que, se não votarem na emedebista, optarão por Ciro. O ex-ministro era a escolha de 32% na rodada anterior. Outra parcela, de 21%, responde agora que escolheria Lula, que antes correspondia a 25% da fração.
Dentro das análises, a maior diferença percebida foi sobre os que optariam por Bolsonaro. Em agosto, somente 6% dos eleitores de Tebet pouco convictos pulariam para o atual mandatário, número esse que aumentou para 20%.
Para fechar a pesquisa, 8% dos eleitores de Tebet declararam branco e nulo como sua segunda opção de voto.
De acordo com a avaliação do comportamento dos partidários de Ciro e Tebet, sobre o eventual turno entre Lula e Bolsonaro, é possível compreender as características dos eleitores.
Os percentuais significativos dos que falam que votariam nulo ou branco demonstram a aversão por parte dos eleitores de Tebet aos protagonistas do pleito e seu descontentamento com o antagonismo entre eles.
Segundo o instituto, o petista lidera as preferências em um eventual embate direto contra Bolsonaro no segundo turno, com 53%, ante 38% do rival.