O Datafolha registrou um aumento na rejeição de Pablo Marçal (PRTB) para 47%, um nível que desafia significativamente suas aspirações políticas para a prefeitura de São Paulo. Esse aumento ocorre em um contexto de questionamentos crescentes sobre seu “projeto político” — se é que se pode chamar assim uma picaretagem completa.
A cadeirada desferida por José Luiz Datena (PSDB) durante um debate na TV Cultura intensificou as críticas à sua abordagem de se posicionar como vítima, ao mesmo tempo em que vende o tipo de machão bombado. Apanhou de um idoso.
O que chama a atenção é o ódio das mulheres pelo sujeito: o ex-coach condenado está com 12% (na semana passada eram 13%) do eleitorado feminino, contra 30% de Ricardo Nunes e 29% de Guilherme Boulos – a margem de erro nesse segmento é de 4 pontos, para mais ou para menos.
Luciana Chong, diretora do instituto, disse ao Valor que as mulheres podem ser importantes na definição de quem passará para o segundo turno.
Não que ele não tenha se esforçado para reverter a situação: no debate promovido pela RedeTV! em parceria com o portal Uol, na manhã de terça-feira (17/9), pediu desculpas à candidata do PSB, Tabata Amaral, alvo de um ataque abjeto: Marçal responsabilizou Tabata pelo suicídio de seu pai, que era usuário de drogas. “Eu realmente fui injusto com a Tabata, eu passei do limite”, admitiu, falso como uma nota de 3 estalecas.
Até de acordo com o suspeito Instituto Veritá, em pesquisa divulgada na segunda-feira (16/9), ele sai mal na foto: 32,1% das intenções de voto no geral, mas apenas 24,4% de apoio entre o eleitorado feminino.