Datena diz que não se arrepende de cadeirada em Marçal: “Precisava ser contido”

Atualizado em 16 de setembro de 2024 às 14:08
José Luiz Datena (PSDB) dá cadeirada em Pablo Marçal (PRTB) durante debate. Foto: Reprodução/TV Cultura

O apresentador e candidato à Prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) publicou uma nota após agredir seu rival na disputa, Pablo Marçal (PRTB), com uma cadeirada e afirmou que “não se arrepende”. O tucano admite que errou, mas alega que expressou sua “indignação” com a agressão.

“Não defendo o uso da violência para resolver um conflito. Essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida. Até o dia de ontem. Porque torna-se difícil obedecê-la quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente”, afirmou Datena.

Para o candidato do PSDB, Marçal “demonstrou que é uma ameaça à cidade de São Paulo” e que ele “precisava ser contido com atos”. “Eu sou um cara de verdade e, com um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação”, prosseguiu.

Datena ainda afirmou que o coach fez acusações graves e falsas “usando linguagem de marginais”, atacando sua honra e sua família.

“Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário”, acrescentou.

Ao fim da nota, ele ainda deixou claro que continuará sendo candidato à Prefeitura “para defender a nossa democracia ameaçada por figuras como Pablo Marçal que querem o obscurantismo e não o bem da cidade e de sua população”.

Datena já havia dito que não se arrependeu da cadeirada ao ser questionado sobre o tema por um jornalista na noite deste domingo.

Leia a nota de Datena na íntegra:

NOTA À IMPRENSA

Não defendo o uso da violência para resolver um conflito. Essa é a regra e sempre a respeitei nos meus 67 anos de vida. Até o dia de ontem.

Porque torna-se difícil obedecê-la quando os limites de civilidade são rompidos e corrompidos por um oponente. Infelizmente, foi o que aconteceu na noite deste domingo durante debate promovido pela TV Cultura.

Pablo Marçal demonstrou, em todas as situações a que teve oportunidade, sua falta de caráter. Demonstrou, ainda, que é uma ameaça à cidade de São Paulo. Será detido no voto.

Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz.

Eu sou um cara de verdade e, com um gesto extremo, porém humano, expressei minha real indignação por ter, de forma reiterada, sido agredido verbal e moralmente por um adversário que, como todos têm podido constatar, afronta a todos com desrespeito e ultraje, ao arrepio da ética e da civilidade.

As acusações que Marçal me fez diante de milhões de pessoas são graves. E absolutamente falsas.

Usando linguagem de marginais, algo que lhe é tão peculiar, feriu minha honra e maculou minha família, já machucada pela perda de um ente querido em decorrência do mesmo episódio agora novamente imputado a mim de forma vil pelo meu adversário.

Errei, mas de forma alguma me arrependo. Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário.

Espero, com minha atitude, ter mostrado, de uma vez por todas, o risco que a candidatura de Pablo Marçal representa para a integridade das pessoas, para a nossa democracia e para a sobrevivência de milhões de cidadãos que dependem da atuação da prefeitura de São Paulo para ter uma vida menos indigna.

Espero, também, ter lavado a alma de milhões de pessoas que não aguentavam mais ver a cidade tratada com tanto desprezo e desamor por alguém que se propõe a governá-la, mas que quer mesmo é saqueá-la, de braços dados com o crime organizado.

Continuarei a disputa pela prefeitura de São Paulo para realizar meu sonho de fazer de São Paulo uma cidade melhor, que ofereça uma vida digna aos que mais precisam. E também para defender a nossa democracia ameaçada por figuras como Pablo Marçal que querem o obscurantismo e não o bem da cidade e de sua população.

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