Terrorismo em Brasília é assunto. AO VIVO. Kiko Nogueira e Pedro Zambarda fazem o giro de notícias no DCM. Entrevista com a advogada Sara Vivacqua. Veja o DCMTV.
Terroristas bolsonaristas deflagraram uma série de atos de vandalismo em Brasília na noite de segunda-feira (12). Carros e ônibus foram danificados e incendiados. Os golpistas entraram em confronto com a Polícia Militar. Nenhum apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso até a atualização desta reportagem.
Os atos de vandalismo começaram na frente da Polícia Federal, na Asa Norte, por volta de 19h30, após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador de Bolsonaro.
A prisão do indígena aconteceu por determinação do STF e atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República. A PGR e o STF afirmam que o Tserere é investigado por participar de atos golpistas e reunir pessoas para cometer crimes.
Após a prisão, os terroristas tentaram invadir um prédio da PF. Parte do grupo seguiu pela Asa Norte, onde realizou novos atos de vandalismo. Até a meia-noite, o Corpo de Bombeiros contabilizava oito veículos incendiados, incluindo dois ônibus, mas ninguém havia sido preso. Botijões de gás foram espalhados em ruas da cidade.
A Polícia Militar foi chamada e reagiu com bombas de gás e balas de borracha. O secretário de Segurança do DF, Júlio Danilo Souza Ferreira, afirmou que os participantes dos atos de vandalismo serão responsabilizados: “A partir de agora, temos imagens, filmagens, temos como identificar”.
Ameaça ao Lula
A região do hotel onde Lula está hospedado teve a vigilância reforçada por equipes da PM. O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que já foram tomadas medidas para responsabilizar os culpados e que esse processo de identificar e punir os vândalos vai prosseguir nos próximos dias: “Estamos aqui para consignar o fundamental. Em primeiro lugar, as medidas de responsabilização já adotadas — as que foram adotadas hoje e que vão ser adotadas a partir de amanhã — vão prosseguir”.
Mais de duas horas depois do início dos atos, o ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, disse que o Ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal, “manteve estreito contato” com a Secretaria de Segurança do DF e com o governo do DF “a fim de conter a violência e restabelecer a ordem”. Afirmou que “tudo será apurado e esclarecido” e que a situação está se normalizando”.