Assange é assunto. AO VIVO. Pedro Zambarda e Cassio Oliveira fazem o giro de notícias da hora do almoço. Entrevista com o jurista Lenio Streck e com a advogada Sara Vivacqua direto do julgamento da extradição de Julian Assange em Londres.
LEIA MAIS:
3 – O juiz das garantias, o muro de contenção e as vacinas. Por Lenio Streck
Sara Vivacqua escreve sobre Assange
“Imagine uma situação sem perspectivas, da qual você não pode fugir. Imagine estar 23 horas por dia confinado em uma cela com uma janela de 10 cm de largura, sem qualquer possibilidade de socializar, condenado à inatividade.
Câmeras de vigilância ligadas a cada 30 minutos. Você é100% controlado por um guarda prisional, Rob Davies, que foi removido de seus últimos empregos por 18 mortes suspeitas de reclusos durante o seus mandatos em três prisões diferentes, Chelmford, Woodhill e Belmarsh.
Imagine ter de esperar o pior, a própria morte, lenta e tortuosa. São 175 anos na prisão sob medidas especiais opressivas nas mãos das autoridades americanas, num caso que será julgado secretamente no infame tribunal de espionagem, que em toda a sua história nunca absolveu ninguém.
Imagine ter o seu caso de extradição supervisionado por uma juíza, Lady Arbuthnot, que recebeu benefícios financeiros de organizações com laços estreitos com o Ministério do Exterior do Reino Unido, e que teve seu marido e filho expostos pelo WikiLeaks.
Este último, vice-presidente e consultor de cibersegurança especializado na prevenção de vazamento de dados, uma empresa fundada pelos serviços secretos britânicos.
Não teriam razão o relator especial da ONU sobre tortura, Nils Melzer, e a sua equipe médica quando concluiram concluíram que se tratava de tortura psicológica? As suas opiniões foram ignoradas pelas autoridades britânicas.
O tratamento de Julian Assange é – e não por mera coincidência – uma imagem simétrica de toda a opressão e injustiça que ele revelou através do Wikileaks”.
Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link.
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link.